Fim de contratos

Enfermeiros vão à polícia denunciar falta de médicos em hospital público do Tocantins

15.766 contratos temporários foram extintos pelo Governo, incluindo 629 médicos.

Por Raimunda Costa 3.434
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03/01/2019 18h00 - Atualizado há 5 anos
Hospital de Porto Nacional

Enfermeiros do Hospital Regional de Porto Nacional, a 50 km de Palmas, registraram um Boletim de Ocorrência denunciando a falta de médicos na unidade de saúde nessa quarta-feira (2).

Conforme a Polícia Civil, os enfermeiros informaram que apenas um médico estava de plantão no hospital e atendia somente pacientes em situações graves.

Ainda segundo a polícia, o hospital ficou sem os profissionais após as exonerações feitas pelo governador Mauro Carlesse (PHS). No primeiro dia deste ano, 15.766 contratos temporários foram extintos, incluindo 629 médicos.

Após a denúncia, a Polícia Civil informou que visitou duas unidades de saúde na cidade e constatou que a quantidade de médicos não era suficiente para a demanda de pacientes.

A polícia disse ainda que encaminhou as denúncias ao Ministério Público Estadual (MPE) e irá acompanhar o caso.

Simed

Nessa quarta-feira (02), o Sindicato dos Médicos no Tocantins (Simed) repudiou a extinção de 629 contratos temporários de médicos que atuavam nos hospitais públicos do Estado.

Em nota, a presidente da entidade, Janice Painkow, classificou a medida como "extinção desordenada" e disse que isso demonstra "irresponsabilidade" do atual Governo.

O Simed falou em “negligência com a saúde” e cobrou uma solução imediata para que a população tocantinense não seja ainda mais prejudicada.

NOTA DA SECRETARIA DA SAÚDE

"O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, vem a público informar que os serviços essenciais não serão prejudicados com as reduções de servidores já anunciadas pela gestão. O redimensionamento se faz necessário para o enquadramento do Estado na legislação de responsabilidade fiscal, que ano após ano vinha sendo descumprida.

A Secretaria está trabalhando para que já nas próximas horas todos os contratos necessários para a manutenção dos serviços essenciais sejam devidamente regularizados sem qualquer prejuízo para os servidores, bem como para a população.

A Secretaria informa ainda que os atendimentos na saúde são realizados em rede, sendo disponibilizados atendimentos médicos de média e baixa complexidade nos municípios do Estado, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Os atendimentos hospitalares são realizados apenas para casos mais graves e complexos."

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