Folha de SP repercute crise na segurança pública; "presos são liberados por falta de delegados"

Por Redação AF
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16/06/2015 10h51 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;"><u>Da Reda&ccedil;&atilde;o</u><br /> <br /> A fragilidade da seguran&ccedil;a p&uacute;blica do Tocantins foi tema de reportagem do jornal <em>Folha de S&atilde;o Paulo</em>, nesta segunda-feira (15), mostrando que presos em flagrante est&atilde;o sendo liberados por falta de delegado no Estado.<br /> <br /> Entre os casos, h&aacute; o de uma mulher que foi detida em flagrante com 30 kg de maconha, mas liberada, momentos depois, porque n&atilde;o havia um delegado para registrar a ocorr&ecirc;ncia. O mesmo aconteceu com dois homens presos por porte ilegal de arma.<br /> <br /> A reportagem destaca que com apenas 128 delegados, dos quais 23 cumprem fun&ccedil;&otilde;es administrativas, o Estado do Tocantins come&ccedil;ou a liberar presos em flagrante.&nbsp; O n&uacute;mero de profissionais &eacute; metade do que prev&ecirc; uma lei estadual, de 2010, que fixou o m&iacute;nimo de 244 delegados para todo o Estado.<br /> <br /> Para a Folha de S&atilde;o Paulo, a crise teve in&iacute;cio no come&ccedil;o do ano, segundo o Sindicato dos Delegados de Pol&iacute;cia do Estado de Tocantins, ap&oacute;s v&aacute;rios pedidos de aposentadoria dos profissionais e a n&atilde;o convoca&ccedil;&atilde;o de novos delegados aprovados em concurso.<br /> <br /> Em fevereiro, os delegados colocaram em pr&aacute;tica a &quot;Opera&ccedil;&atilde;o Pacto pela Legalidade&quot;. Insatisfeitos com o n&atilde;o cumprimento de lei estadual que alterou a tabela de subs&iacute;dios pagos pelo governo e com a escassez de profissionais, eles passaram a cumprir apenas as horas semanais previstas em lei.<br /> <br /> Desde ent&atilde;o, apenas tr&ecirc;s cidades do Tocantins possuem plant&atilde;o policial aos fins de semana e feriados: Palmas, Aragua&iacute;na e Gurupi.<br /> <br /> Nos outros 136 munic&iacute;pios, a delegacia fecha &agrave;s 18h de sexta&not;-feira e s&oacute; reabre na segunda. Em outro caso em Guara&iacute;, foi o Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual quem solicitou a pris&atilde;o preventiva de dois homens pegos com drogas, devido &agrave; aus&ecirc;ncia do delegado.<br /> <br /> &quot;Nesse caso, a cidade s&oacute; tinha uma viatura e precisaria deslocar por 200 km para fazer o boletim de ocorr&ecirc;ncia na cidade mais pr&oacute;xima. A cidade ficaria horas sem policiamento caso os presos fossem transportados. Por isso, pedi a pris&atilde;o preventiva&quot;, explica o promotor Guilherme Goseling Ara&uacute;jo.<br /> <br /> A situa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou a ser investigada pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal, que o repassou &agrave; Promotoria estadual.<br /> <br /> Em nota, a Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica do Tocantins diz que a situa&ccedil;&atilde;o se agravou em decorr&ecirc;ncia de diversas aposentadorias ocorridas desde 2009, &uacute;ltimo ano em que houve nomea&ccedil;&otilde;es de delegados.<br /> <br /> A pasta afirma tamb&eacute;m que o governo pretende sanar o d&eacute;ficit &quot;dando prosseguimento&quot; ao concurso p&uacute;blico em andamento, mas reconhece que n&atilde;o convocou os aprovados &quot;por falta de previs&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria&quot;.</span>
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