<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> Instituição que ministrava curso Superior de Tecnólogo em Segurança no Trabalho, na modalidade à distância, em Araguaína, não tinha autorização do MEC e frustrou expectativas e sonhos de estudantes que já estavam ao término do curso, alguns, inclusive, chegaram a concluir com êxito todas as disciplinas, pagaram as mensalidades e mesmo assim lutam há 3 anos para conseguir colar grau e obter o diploma.<br /> <br /> Este é mais um drama envolvendo Faculdades que atuam irregularmente no Tocantins e que o <em><strong>AF Notícias</strong></em> mostra com exclusividade.<br /> <br /> <u><strong>O caso</strong></u><br /> <br /> A Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador (FTC - Bahia) ofertava desde 2008 o curso Superior de Tecnólogo em Segurança do Trabalho, ocorre que após concluírem em 2011 os estudantes da instituição foram informados de que a FTC havia firmado convênio junto à Universidade de Santo Amaro (UNISA) para que esta promovesse a colação de grau e a diplomação dos referidos alunos.<br /> <br /> <u><strong>Sem autorização do MEC</strong></u><br /> <br /> Apesar de a FTC possuir autorização do MEC para atuar em Araguaína, a instituição não tem reconhecimento específico para ofertar o curso de Tecnólogo em Segurança no Trabalho. Dessa forma, a faculdade que tinha como coordenador na cidade Lucivaldo Alves Coelho, disponibilizou todo o curso de modo irregular, fato que impede a diplomação dos estudantes pela mesma instituição.<br /> <br /> <strong><u>O dilema</u></strong><br /> <br /> Ao <em><strong>AF Notícias</strong></em>, os alunos afirmam que diante da situação de irregularidade, a FTC firmou convênio com a UNISA para que desse continuidade as aulas e diplomação dos concluintes. Acontece que nem todos os estudantes foram informados dessa alteração contratual e alguns perderam o prazo de formalização de novo vínculo acadêmico na nova instituição. Com isso, aos que perderam o prazo, UNISA informou apenas que o ingresso desses estudantes só se daria por meio de um novo vestibular. As disciplinas já cursadas e o dinheiro pago não seriam revertidos em favor dos alunos que “perderam o prazo”.<br /> <br /> Entretanto, passados três anos, mesmo os alunos que cumpriram todas as exigências da nova instituição (UNISA) ainda não receberam o diploma. Na época, durante audiência no PROCON, a representante da universidade disse aos estudantes que não havia motivo para “pânico” e chegou inclusive a marcar para o dia 15 de agosto de 2011 a colocação de grau, mas não aconteceu.<br /> <br /> <u><strong>Reclamações dos estudantes</strong></u><br /> <br /> Muitos dos prejudicados que procuraram o <em><strong>AF Notícias</strong></em> reclamam da falta de assistência e transparência do contrato firmado entre as faculdades, além disso, a FTC bloqueou o acesso dos acadêmicos ao Portal do Aluno, fato que os impede de obter maiores informações.<br /> <br /> O caso se arrasta há mais de três anos. Os alunos já procuraram o PROCON e também já ingressaram com ações na justiça, mas infelizmente o caso permanece sem solução e os afetados agora buscam o apoio do Ministério Público Federal.<br /> <br /> <strong><u>Sonhos e Prejuízos</u></strong><br /> <br /> Wádia Alves, Isaiden Alves Lima, Marcos Franco Gomes Arraes, Maria da Cruz Soares Mesquita, Daiane Ribeiro e Maria da Cruz Sousa. Estes são alguns dos estudantes que tiveram os sonhos frustrados. Os gastos individuais durante o curso ultrapassaram os 9 mil reais.<br /> <br /> O acadêmico Marcos Arraes conta ainda que realizou estágio em uma grande empresa e seria efetivado no emprego, mas a empresa não aceitou apenas a declaração assinada pelo então coordenador do polo, Lucivaldo Coelho, como prova da conclusão do curso.<br /> <br /> Para piorar a situação, os acadêmicos também informaram que Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Tocantins- (CREA/TO) não aceita e nem efetua o registro dos poucos estudantes que conseguiram obter o diploma pela UNISA.<br /> <br /> Os acadêmicos sentem-se lesados e injustiçados com os fatos, bem como com a demora judicial na resolução dos casos.<br /> <br /> <u><strong>O outro lado</strong></u><br /> <br /> O <strong><em>AF Notícias</em></strong> vem tentando contato com as faculdades FTC e UNISA, além do responsável pelo polo em Araguaína, Lucivaldo Alves Coelho.</span></div>