Greve no Tocantins

Governo não comparece em reunião e encerra negociações com grevistas

Por Agnaldo Araujo
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25/10/2016 08h59 - Atualizado há 5 anos
O Governo do Estado não mandou representante para uma reunião marcada para o final da tarde de segunda-feira (24/10), no Palácio Araguaia, com as lideranças do Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Tocantins (MUSME). Somente no horário agendado, as lideranças foram informadas que o secretário da Articulação Política, Lyvio Luciano, não iria recebê-los por estar em reunião com o governador Marcelo Miranda (PMDB). Mesmo assim, os presidentes das entidades sindicais que compõem o MUSME decidiram que só iriam sair do Palácio Araguaia após conversarem com o secretário. Após quase três horas de espera, o secretário Rogério Silva, da Comunicação Social, foi falar com as lideranças e levou um ofício do Comitê Gestor assinado pelos secretários Lyvio Luciano, e Geferson Barros, da Administração, informando que o governo considerava “esgotadas as tratativas ao implemento da data-base”. Proposta ratificada No mesmo ofício o Comitê Gestor ratificou a proposta apresentada ao MUSME no dia 19 de setembro. Pela proposta o governo se propôs a efetuar o pagamento da data-base em três parcelas, sendo a primeira em janeiro, a segunda e maio e a terceira em outubro, além da implantação da jornada de seis horas.
Por meio de nota, o Governo do Estado afirmou que "descarta qualquer possibilidade de alterar as propostas feitas para o pagamento da data-base".
O Governo informou ainda que, em razão da crise financeira, não tem condições de alterar a proposta e conta com o bom senso dos servidores e aguarda o restabelecimento pleno e funcionamento dos serviços públicos do Estado.
Confira a proposta: Pagamento de 2% em janeiro de 2017 – Custo mensal de R$ 4.691.547,97/Custo anual: R$ 62.538.334,46; Pagamento de 2% em maio de 2017 – R$ 4.785.378,93/Custo anual: 44.647.585,42; Pagamento de 5,83% em outubro de 2017 – Custo mensal R$ 14.228.367,18 – custo anual: R$ 61.608.829,88; Pagamento do passivo da data-base de 2015 no exercício de 2017 e Redução da jornada de trabalho para 06 horas diárias corridas (30 horas semanais). Movimento grevista continua Após a decisão do governo em não negociar mais com as categorias, as entidades sindicais em greve que fazem parte do MUSME estiveram reunidas na noite de segunda-feira e decidiram manter o movimento grevista. Também ficou decidido que o MUSME deverá procurar novamente o Comitê Gestor, a fim de que a proposta apresentada em dezembro pelo governo seja melhor detalhada, uma vez que nela não consta o pagamento dos retroativos de 2016. As entidades sindicais também vão intensificar as mobilizações de suas categorias como forma de fortalecer o movimento grevista que hoje completa 78 dias de paralisação

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