Dois idosos de Araguaína que se encontravam internados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Municipal de Campanha de Combate à Covid-19 conseguiram transferência para o Hospital Regional de Araguaína (HRA) após intervenção judicial do Ministério Público do Tocantins (MPTO).

No último domingo, dia 14, a justiça já havia expedido uma liminar em favor de uma idosa de 88 anos que se encontrava na UPA necessitando ser transferida com urgência para o HRA. Seu quadro é de cardiopatia, com astenia (perda de força física), dispneia (falta de ar), tosse seca e dor torácica devido a insuficiência cardíaca crônica.

Em relação ao outro idoso, de 78 anos, a direção do hospital informou à justiça que a transferência já havia sido realizada, o que levou o juiz da Vara da Saúde Pública de Araguaína a emitir um despacho, nesta quarta-feira (17), determinando que o diretor-geral da unidade confirme a transferência do paciente.

Neste segundo caso, o idoso estava no Hospital Municipal de Campanha de Combate à Covid-19, mesmo não estando infectado pela doença. Além do risco de ser infectado em razão da estrutura insuficiente da unidade, ele não estava recebendo tratamento adequado para o seu quadro clínico, caracterizado por tosse seca e falta de ar. O encaminhamento para o HRA foi prescrito como urgente e o idoso também precisava de leito com disponibilidade de oxigênio, assim como a paciente idosa.

No mesmo período, o MPTO ajuizou ação em favor de uma criança que também estava internada na UPA de Araguaína e necessitava de transferência para o Hospital Regional, a fim de receber atendimento adequado, que consistia em Traumatismo Cranioencefálico (TCE) com dificuldade neurológica e crise de convulsões parciais. Mas após o ajuizamento da ação, no dia 13, a criança foi transferida para o HRA e o processo foi extinto no dia 15.

Nos três casos, as ações foram propostas pelo promotor de Justiça Guilherme Cintra Deleuse, que cumpria plantão na região de Araguaína no período carnavalesco.

(As informações são do MPTO)