Vitória Reis

Jovem com doença neurodegenerativa é aprovada para engenharia na UFT e vira exemplo

Ela tem 17 anos e desenvolveu a doença por causa de excesso de ferro no cérebro.

Por Redação 1.426
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12/02/2019 10h55 - Atualizado há 5 anos
Estudante Vitória Reis Santos

Foi com muita alegria que a estudante Vitória Reis Santos, de 17 anos, recebeu a notícia de que tinha sido aprovada no curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Aluna da Educação Especial, Vitória desenvolveu uma doença neurodegenerativa por causa de excesso de ferro no cérebro e tem baixa visão e dificuldades de locomoção.

Logo que começou e estudar no ensino médio, Vitória falou para os seus professores que o seu sonho era cursar gastronomia. Os docentes, por sua vez, ensinaram a Vitória que a confiança e a esperança devem ser alimentadas sempre e foi com esse pensamento que a estudante venceu cada desafio encontrado na escola.

A professora Maria Aparecida Rodrigues Pinheiro atuou como professora auxiliar de Vitória nas três séries do ensino médio. “Para atender alunos da educação especial, o mais importante e ajudá-los a confiar no seu potencial. Acompanhava todos os dias o desenvolvimento de Vitória nas aulas, explicando os conteúdos que ela não compreendia e ajudando a superar as limitações”, contou.

Durante os três anos no ensino médio, no Colégio Estadual São José, Vitória participou das atividades de experimentos de ciências do campo e esportivas. Nos Jogos Paralímpicos Escolares da Juventude, realizados em São Paulo, em novembro de 2018, Vitória conquistou medalha de ouro no arremesso de peso.

A sua mãe, a funcionária pública Maria Arlete Reis, contou que foi uma alegria imensa presenciar a conquista da filha. Arlete desenvolveu um potencial para enfrentar os desafios da vida. Ela sempre acompanha Vitória nos exames realizados no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, por isso, faz tanta questão de compartilhar esse momento de alegria.

“Agradeço à equipe da escola, que realizou um trabalho de excelência. Gostaria de compartilhar essa satisfação com toda a equipe do colégio e com a comunidade, para que outras pessoas também acreditem no potencial de seus filhos”, frisou.

A professora Tânia Régia, coordenadora da Educação Especial no Colégio São José, que neste ano passou a funcionar de forma integral, com o Programa Escola Jovem em Ação, esclareceu que na escola funciona a Sala de Recursos, que está disponível para a comunidade.

“Mesmo a Vitória não sendo mais nossa aluna, ela continuará a contar com a Sala de Recursos Multifuncionais que poderá auxiliar nos desafios que ela encontrar, como ampliação dos conteúdos escolares”, lembrou.

A escola conta atualmente com 12 alunos, na Educação Especial.

Vitória Reis Santos (dir.) e sua professora

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