Jovem tocantinense foi morta após briga sobre preço do programa, afirma suspeito

Por Redação AF
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23/01/2015 06h56 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">O suspeito de matar a tocantinense Kesia Freitas Cardoso, de 26 anos, se apresentou &agrave; Pol&iacute;cia Civil em Uberl&acirc;ndia nesta quinta-feira (22) e confessou o homic&iacute;dio. Segundo o delegado respons&aacute;vel pelo caso, Matheus Ponsancini&#65279;, o crime ocorreu depois de uma briga entre Iron Guilherme Alves, de 23 anos, e a v&iacute;tima. A discuss&atilde;o foi devido ao pre&ccedil;o combinado para um programa sexual com dura&ccedil;&atilde;o de uma hora. O garoto disse em depoimento que, depois do desentendimento, a mulher o atacou pelo pesco&ccedil;o e ele reagiu utilizando uma faca. O advogado dele, Publio Divino Vilela Carvalho, afirmou que o cliente agiu em leg&iacute;tima defesa.<br /> <br /> Kesia estava desaparecida desde o fim da &uacute;ltima semana e foi encontrada morta dentro de um lat&atilde;o na segunda-feira (19), no Bairro Industrial, com ferimentos no pesco&ccedil;o e na cabe&ccedil;a. A garota era empres&aacute;ria no ramo de arquitetura em Tocantins (TO) e estava no Tri&acirc;ngulo Mineiro h&aacute; poucos dias. A viagem de volta estava marcada para esta sexta-feira (23). Durante as investiga&ccedil;&otilde;es, as pol&iacute;cias Civil e Militar descobriram que ela tamb&eacute;m era garota de programa e foi vista pela &uacute;ltima vez quando pegava um t&aacute;xi para encontrar o suspeito.<br /> <br /> Iron Guilherme j&aacute; foi ouvido pelo delegado do caso. O delegado contou que o suspeito disse que conheceu Kesia em um site de acompanhantes de luxo e que marcou de encontr&aacute;-la &agrave;s 14h de sexta-feira (16) na casa dos pais dele, que estavam viajando. Ainda segundo o delegado, Kesia pegou um t&aacute;xi e foi ao encontro do rapaz, mas chegou cerca de 40 minutos atrasada ao local.<br /> <br /> O suspeito afirmou ao delegado que, devido ao atraso, Kesia (que usava o nome de Isabela no site de acompanhantes) disse que o programa sexual de uma hora duraria 20 minutos, pois ela demorou para encontrar o local combinado. Contudo ela queria receber o valor total do programa, que seria R$ 200. Iron Guilherme n&atilde;o concordou e os dois come&ccedil;aram a discutir e ele at&eacute; tentou desistir.<br /> <br /> Para o delegado o rapaz disse que n&atilde;o chegou ter ato sexual com a v&iacute;tima, mas que a deixou nua no quarto e foi para a cozinha tomar &aacute;gua. Em seguida, segundo ele, foi surpreendido por Kesia com uma &quot;gravata no pesco&ccedil;o&quot;. Para se defender ele pegou uma faca que estava na pia, deu um golpe para tr&aacute;s e acabou atingindo o pesco&ccedil;o da garota, que correu para o quarto.<br /> <br /> Quando ele chegou ao c&ocirc;modo, a jovem j&aacute; estava p&aacute;lida, morta. <em>&quot;Ele contou que se desesperou, pegou o len&ccedil;ol da cama da m&atilde;e e cobriu o corpo de Kesia. Depois, o colocou no porta-malas e seguiu para a oficina mec&acirc;nica onde trabalha, que j&aacute; estava fechando. No local, ele esperou os demais funcion&aacute;rios irem embora, colocou o corpo da jovem dentro de um lat&atilde;o e o deixou l&aacute;. Da oficina ele seguiu para casa dos pais para limpar o sangue da garota. Somente no s&aacute;bado, o rapaz voltou a empresa para pegar o corpo e abandon&aacute;-lo em uma rua sem movimento. Ap&oacute;s o descarte, ele voltou para a casa da mulher dele, com quem mora no Bairro Nossa Senhora das Gra&ccedil;as&quot;</em>, disse.<br /> <br /> O delegado acrescentou que j&aacute; est&aacute; confirmado que Iron Guilherme agiu sozinho. <em>&quot;Conseguimos imagens de locais pr&oacute;ximos a casa onde ocorreu o crime e realmente as informa&ccedil;&otilde;es colhidas pela pol&iacute;cia foram confirmadas no depoimento do rapaz. Ele aparece sozinho nas filmagens. Acredito que ele esteja falando 99% do que realmente ocorreu. O suspeito disse que n&atilde;o faz uso de drogas, nem de &aacute;lcool e nunca havia pago por um programa&quot;</em>, salientou.<br /> <br /> O inqu&eacute;rito tem um prazo de 30 dias para ser finalizado, mas o delegado acredita que em dez j&aacute; estar&aacute; conclu&iacute;do. Iron Guilherme n&atilde;o tem passagens pelo sistema criminal e, como n&atilde;o foi pego em flagrante e ainda n&atilde;o h&aacute; nenhum mandado de pris&atilde;o contra ele, permanece em liberdade. <em>&quot;Vamos remeter o inqu&eacute;rito &agrave; Justi&ccedil;a com as medidas cab&iacute;veis&quot;, concluiu.</em><br /> <br /> <u><strong>Leg&iacute;tima defesa</strong></u><br /> <br /> Segundo o advogado Publio Divino Vilela Carvalho, o jovem Iron Guilherme agiu em leg&iacute;tima defesa depois que ele e a v&iacute;tima iniciaram uma discuss&atilde;o motivada pelo valor do programa sexual. Ele disse que o rapaz n&atilde;o tinha inten&ccedil;&atilde;o de matar Kesia. &ldquo;<em>Ele se apresentou espontaneamente e explicou as raz&otilde;es do ocorrido. O fato aconteceu depois da discuss&atilde;o pelo dinheiro e porque a jovem amea&ccedil;ou fazer um esc&acirc;ndalo para a fam&iacute;lia dele&rdquo;</em>, explicou. Ainda segundo o advogado, o rapaz est&aacute; &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o da Justi&ccedil;a para esclarecimentos.<br /> <br /> <u><strong>Confirma&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> A Pol&iacute;cia Civil de Uberl&acirc;ndia confirmou nesta quinta-feira (22) que o lat&atilde;o onde foi encontrado o corpo de Kesia &eacute; mesmo da oficina mec&acirc;nica onde Iron Guilherme trabalha e que ele fez uma liga&ccedil;&atilde;o para a v&iacute;tima com o telefone do local. A empresa fica no Bairro Nossa Senhora das Gra&ccedil;as. O jovem &eacute; filho do gerente, estava em posse das chaves do local e tinha acesso a toda a loja. Ele vive com uma companheira que est&aacute; gr&aacute;vida de oito meses.<br /> <br /> <u><strong>Ferimentos pelo corpo</strong></u><br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/kesia.jpg" style="width: 300px; height: 225px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: right;" />Segundo a Pol&iacute;cia Militar (PM), o corpo da jovem foi localizado por um funcion&aacute;rio de uma obra na Rua Geraldo Moreira e Silva, no Bairro Industrial. Ele viu a mulher morta e chamou a guarni&ccedil;&atilde;o. A per&iacute;cia identificou que ela estava nua, enrolada em um pano e com cortes na cabe&ccedil;a e no pesco&ccedil;o.&nbsp;<br /> <br /> Ainda segundo a PM, o corpo foi levado para o necrot&eacute;rio do cemit&eacute;rio Campo do Bom Pastor devido ao estado de decomposi&ccedil;&atilde;o. Ap&oacute;s liberado, seguiu para Tocantins e foi enterrado em Para&iacute;so do Tocantins, cidade natal da jovem. Parentes e amigos acompanharam o vel&oacute;rio, em caix&atilde;o lacrado, na casa de uma tia da v&iacute;tima na quarta-feira (22).<br /> <br /> A jovem j&aacute; esteve em Uberl&acirc;ndia outras vezes. Segundo um amigo dela, Kesia n&atilde;o tinha nenhum tipo de liga&ccedil;&atilde;o com bebidas, nem drogas. (G1)</span>
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