Levante de Jorge Frederico contra o IPTU obriga seus aliados na Câmara 'servir a dois senhores'
Por Redação AF
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20/03/2014 14h57 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> <br /> O clima está tenso na Câmara de Araguaína (TO) com a polêmica provocada pela atualização da Planta de Valores do IPTU. De um lado estão os vereadores que criticam a postura do deputado Jorge Frederico (SDD) que ingressou com Ação no Tribunal de Justiça para derrubar o reajuste do imposto. Às claras se ouviu falar em “desespero por votos”, “oportunismo” e até “político copa do mundo”, aquele que só aparece de quatro em quatro anos.<br /> <br /> Por outro lado, as críticas ao deputado são capazes de provocar, ao mesmo tempo, fragilidade na própria base governista, composta por 14 vereadores, dos quais 3 apoiam Jorge Frederico. São eles: Batista Capixaba, Ferreirinha e Terciliano Gomes.<br /> <br /> Segundo fontes, os três vereadores estão preferindo o silêncio diante das críticas ao deputado, mas já avisaram para não terem seus nomes incluídos nessa briga. Para piorar a situação, eles também não querem se indispor com o prefeito Ronaldo Dimas e arriscar perder espaço dentro da gestão.<br /> <br /> Nos bastidores, o prefeito Ronaldo Dimas também não ficou nada satisfeito com a postura do deputado ao criticar sua administração e o reajuste do IPTU. O discurso do parlamentar na Assembleia Legislativa teria minado qualquer possibilidade de apoio do governo municipal à sua campanha eleitoral desse ano. Agrava a tensão o fato de que Jorge “fez de conta” que apoiou Dimas na sua eleição para prefeito.<br /> <br /> <u><strong>Rompimento</strong></u><br /> <br /> O desfecho dessa novela será, num futuro não muito distante, o rompimento de vez entre os grupos de Ronaldo Dimas e Jorge Frederico, principalmente se este sair vitorioso em sua reeleição para deputado estadual.<br /> <br /> Evidente que as críticas feitas por Jorge Frederico representam, por si só, um rompimento com o prefeito de Araguaína. Já em relação aos seus aliados na Câmara, pelo menos por enquanto, são obrigados a “servir a dois senhores” para que não sofram as consequências de uma rebeldia fora de hora.</span>