Mais de 500 mulheres tocantinenses participam em Brasília da 5ª Marcha das Margaridas

Por Redação AF
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13/08/2015 18h20 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">Aproximadamente 530 mulheres tocantinenses de diversas institui&ccedil;&otilde;es participarAM da 5&ordf; Marcha das Margaridas, que aconteceu entre ter&ccedil;a (11) e quarta-feira (12), em Bras&iacute;lia. O evento que teve como tema &ldquo;Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustent&aacute;vel com Democracia, Justi&ccedil;a, Autonomia, Igualdade e Liberdade&rdquo;, reuniu este ano cerca de 100 mil mulheres de todo o Brasil e da Am&eacute;rica Latina.<br /> &nbsp;<br /> A abertura do ato foi dia 11, &agrave;s 18h30 no Est&aacute;dio Nacional Man&eacute; Garrincha, na capital federal e contou com a presen&ccedil;a do ex-presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva. Na quarta, dia 12, a presidenta Dilma Rousseff participou do encerramento da Marcha, onde apresentou o compromisso do governo federal com as reivindica&ccedil;&otilde;es listadas na pauta do movimento.<br /> &nbsp;<br /> Uma das importantes conquistas fruto da Marcha das Margaridas &eacute; lembrada por Maria Senhora, do&nbsp;<em>Sindicato Regional das Trabalhadoras Rurais de S&atilde;o Sebasti&atilde;o, Buriti e Esperantina</em>. <em>&ldquo;Conquistamos a cria&ccedil;&atilde;o de uma linha de cr&eacute;dito espec&iacute;fica para n&oacute;s mulheres. &Eacute; o Pronaf Mulher. Com esse cr&eacute;dito, pudemos ampliar a participa&ccedil;&atilde;o das mulheres nessa importante pol&iacute;tica de cr&eacute;dito da agricultura familiar&rdquo;</em>, afirma.<br /> &nbsp;<br /> Ainda de acordo com Maria Senhora, a Marcha &eacute; positiva e leg&iacute;tima. E sai em defesa da presidenta Dilma: <em>&ldquo;Outra bandeira nossa &eacute; o combate a viol&ecirc;ncia contra a mulher, ainda muito frequente. Esse &eacute; um bom momento para marcharmos, pois o que est&aacute; passando a presidenta Dilma, n&atilde;o pode continuar. N&oacute;s mulheres, precisamos defend&ecirc;-la&rdquo;</em>, enfatiza.<br /> &nbsp;<br /> Considerada a maior manifesta&ccedil;&atilde;o pelos direitos das mulheres no mundo, a&nbsp;Marcha &eacute; coordenada pela Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) em parceria com outras 11 institui&ccedil;&otilde;es.<br /> &nbsp;<br /> Entre os pontos principais da pauta, est&aacute; o fim da viol&ecirc;ncia contra a mulher, o desenvolvimento sustent&aacute;vel com democracia, justi&ccedil;a, autonomia, igualdade e liberdade.<br /> &nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;<br /> De acordo com a&nbsp;<em>assessora da FETAET -&nbsp;Federa&ccedil;&atilde;o Agricultura do Estado do Tocantins,&nbsp;</em>Ruth Caetano Cardoso, a 5&ordf; Marcha das Margaridas foi um momento &uacute;nico para as mulheres do campo de todo em Brasil, na luta por pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e em apoio a presidenta Dilma enquanto mulher. &ldquo;A resposta que nos foi dada pelo Governo &eacute; extremamente positiva. Traz para a agenda nacional, a for&ccedil;a da mulher, que sabe o que quer e onde quer chegar. Com a 5&ordf; Marcha das Margaridas, queremos chegar ao &iacute;ndice zero de viol&ecirc;ncia contra a mulher e combater a invisibilidade da mulher no cen&aacute;rio pol&iacute;tico, econ&ocirc;mico e produtivo. Al&eacute;m, de apoiar a Dilma&rdquo;. Afirma Ruth.<br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/margaridas.jpg" style="width: 600px; height: 360px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px;" /><br /> <br /> <u><strong>Lutas e Conquistas</strong></u><br /> &nbsp;<br /> Ant&ocirc;nia R&eacute;gia Faustino,&nbsp;<em>Secret&aacute;ria de Mulheres Trabalhadoras da CUT-TO</em>,&nbsp;ressalta algumas das raz&otilde;es para milhares de mulheres marcharem. &ldquo;Estamos marchando pelo fim da viol&ecirc;ncia contra a mulher, a favor dos direitos como creche e, por melhores condi&ccedil;&otilde;es para as mulheres do campo e urbanas&rdquo;. Em rela&ccedil;&atilde;o ao empoderamento das mulheres, Ant&ocirc;nia R&eacute;gia afirma que esta &eacute; uma forma de os preconceituosos entenderem que as mulheres s&atilde;o capazes. &ldquo;N&oacute;s mulheres, temos que ocupar os espa&ccedil;os de poder, para que a sociedade comece a compreender nossa participa&ccedil;&atilde;o e passe a nos respeitar e deixar de multiplicar as agress&otilde;es e esse tipo de ofensas, como as que nossa presidenta Dilma tem enfrentado&quot;, finaliza.<br /> &nbsp;<br /> Quem tamb&eacute;m embarcou para Bras&iacute;lia foi Mariane Teixeira,&nbsp;do&nbsp;<em>N&uacute;cleo Olga Ben&aacute;rio de Aragua&iacute;na, da Marcha Mundial das Mulheres</em>. Ela lembra que h&aacute; algum tempo, muitas mulheres n&atilde;o conheciam seus direitos, por isso n&atilde;o lutavam para ocupar os espa&ccedil;os de decis&atilde;o na agricultura, no campo e nos movimentos em que participavam. &ldquo;Atrav&eacute;s dessas reivindica&ccedil;&otilde;es e dessa uni&atilde;o que existe nacionalmente &eacute; que n&oacute;s vamos tendo conhecimento do que necessita ser mudado, de que temos voz e voto dentro dos sindicatos e dos espa&ccedil;os que ocupamos&rdquo;, ressalta.<br /> &nbsp;<br /> Sobre aos ataques e ofensas sofridos pela presidenta Dilma, como no epis&oacute;dio do adesivo, Mariane lembra que &eacute; por uma quest&atilde;o de g&ecirc;nero. <em>&ldquo;Tem a ver com o machismo enraizado de que as mulheres n&atilde;o podem estar nos espa&ccedil;os de poder e n&atilde;o sabem tomar decis&otilde;es. No entanto, nossa presidenta tem mostrado que tem muita for&ccedil;a, est&aacute; pondo a cara na m&iacute;dia pra dizer que ela vai permanecer ocupando o cargo que foi legitimado pelo voto. Essa for&ccedil;a, quebra um pouco o mito e o preconceito de que a mulher n&atilde;o sabe administrar&rdquo;</em>, finaliza Mariane.<br /> &nbsp;<br /> Eunice Cora&ccedil;&atilde;o Rodrigues, da&nbsp;<em>Associa&ccedil;&atilde;o Comunit&aacute;ria dos Quilombolas Barra de Aroeira no munic&iacute;pio de Santa Tereza do Tocantins</em>,&nbsp; relembra as conquistas. &ldquo;At&eacute; pouco tempo, as mulheres n&atilde;o tinham direito a nada. Hoje n&oacute;s temos. Tanto, que hoje tem mulher sendo presidenta, motorista, prefeita, vereadora. Esses direitos foram conquistados porque n&oacute;s mulheres lutamos. E n&atilde;o vamos parar. Vamos continuar lutando. E futuramente teremos ainda mais espa&ccedil;os e oportunidades. Vamos avan&ccedil;ar cada vez mais!&rdquo;, ressalta.<br /> <br /> <u><strong>Entenda</strong></u><br /> <br /> A Marcha das Margaridas homenageia a trabalhadora rural paraibana, Margarida Maria Alves (1943-1983), que durante 12 anos, presidiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Para&iacute;ba. Margarida incentivava as trabalhadoras e os trabalhadores rurais a buscarem na justi&ccedil;a a garantia de seus direitos. Dos frutos do seu trabalho est&aacute; a funda&ccedil;&atilde;o do Centro de Educa&ccedil;&atilde;o e Cultura do Trabalhador Rural.<br /> <br /> A mobiliza&ccedil;&atilde;o nacional, realizada desde o ano 2000, &eacute; voltada para todas as mulheres: do campo, como as agricultoras familiares e assentadas da reforma agr&aacute;ria; das &aacute;guas, como as pescadoras artesanais, marisqueiras, ribeirinhas; das florestas, entre elas as extrativistas e as silvicultoras; e das cidades, aquelas que moram nas &aacute;reas urbanas em todo o pa&iacute;s.</span>
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