Notícias do Tocantins - O ex-governador Marcelo Miranda (MDB) reagiu, com revolta e indignação, à tentativa de Mauro Carlesse de lhe atribuir quaisquer responsabilidades pela suposta fraude em licitação que culminou na Operação Timóteo 6:9, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (26).

Carlesse alega que a licitação foi iniciada no gestão anterior, porém, o ex-governador afirmou ao AF Notícias que não existe um único papel relacionado ao procedimento licitatório durante sua gestão. Além disso, Miranda destacou que não foi sequer citado na operação e que Carlesse tenta culpar os outros de forma leviana.

Marcelo Miranda ainda mandou Carlesse assumir suas responsabilidades e não tentar transferir para terceiros a culpa por problemas de sua gestão.

Mauro Carlesse era presidente da Assembleia Legislativa até março de 2018 e assumiu o governo do Tocantins interinamente após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar Marcelo Miranda (MDB) e Cláudia Lelis (PV) dos cargos de governador e vice. Ele venceu a eleição suplementar de junho de 2018 e foi reeleito em outubro, tendo como vice Wanderlei Barbosa, o atual governador.

A Operação Timóteo 6:9 investiga supostos crimes de fraude em licitação ocorridos em 2018, relacionados à extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins. Os contratos sob investigação somam R$ 10 milhões.

Cerca de 100 agentes cumpriram 30 mandados de busca e apreensão em Palmas, Gurupi e Dianópolis. A PF apreendeu um carro de luxo, modelo Camaro, no condomínio onde o ex-governador mora em Palmas.

A licitação tinha por objetivo a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de máquinas pesadas e caminhões. Também previa o fornecimento de combustível, e a manutenção preventiva e corretiva para atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto).

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