Ela está sob os cuidados da equipe multiprofissional desde o seu nascimento.
“Um amor materno além dos laços sanguíneos”, é assim que a enfermeira Núbia Teles, que atuou nos cuidados com a pequena Maria Eloísa, define sua relação com a criança.
A menina de 4 anos, que vive na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Geral de Palmas (HGP) desde o seu nascimento, é portadora de uma síndrome que a condicionou dependente da ventilação mecânica. Ela chegou a receber alta em janeiro deste ano, mas retornou à unidade após a equipe que ainda a acompanha em domicílio verificar a necessidade de internação.
“O trabalho na UTI pediátrica sempre foi gratificante pelas conquistas e pelos milagres que vivenciei. A Maria Eloísa, assim como muitas outras crianças que ali passaram, é um exemplo de superação e garra. Aquela pequena iluminava meus dias com um olhar feliz, dona de um sorriso ímpar, fez e faz todos que a rodeiam refletir o quanto a vida vale a pena. A ‘Lolo’ é um ser de luz e aqui no HGP. Ela tem uma família de coração. Eu me sinto a mãe do coração dessa princesa de lindos olhos azuis e um sorriso radiante. Te amo pra sempre, Maria Eloísa”, relatou a profissional.
Núbia ainda contou que Eline Rodrigues, mãe da Maria Eloísa, a presenteou no dia do aniversário de quatro anos da pequena, dia 29 de abril, organizado no HGP. “Ela me deu uma camiseta escrito ‘Mamãe do coração’ e é realmente assim que me sinto em relação a ela. Todo amor e dedicação não só da minha parte, mas de toda a equipe é a prova de que o mandamento de Deus deixado para nós é verdadeiro: ‘amar ao próximo como a si mesmo’. A Maria Eloísa veste as roupinhas da minha filha Eloísa, que hoje tem 23 anos e que eu guardo com muito amor e carinho. A roupinha de aniversário de quatro anos que ela usava era da minha filha e a do dia das crianças também”, afirmou.
“Me sinto muito feliz em contar com a ajuda de toda a equipe e, principalmente, da Núbia, que sempre se dedicou muito à minha filha. Graças a Deus, ela encontrou mães e pais de coração aqui no HGP e isso tem nos dado todo o suporte que precisamos, mesmo com as condições que temos”, afirmou a mãe, Eline Rodrigues.
A mãe da pequena relata que uma semana de vida foi o tempo que os médicos deram para Maria Eloísa após descobrirem que a menina havia nascido com uma síndrome rara conhecida como Displasia Campomélica, uma doença frequentemente letal, caracterizada por anormalidades esqueléticas e fragilidades ósseas. A mãe descobriu que a filha tinha a síndrome pouco antes do parto, ao fazer uma ultrassonografia.
“Nós moramos em uma fazenda no município de Paraíso, e nesses quatro anos preciso percorrer essa distância de duas a três vezes na semana para ver minha filha, e tenho mais dois meninos, um de 10 e outro de seis anos. Saber que têm profissionais que consideram Maria Eloísa como filha me enche de gratidão. Esse ano, eles fizeram mais uma vez o aniversário dela aqui no hospital, achamos que daria para realizar em casa, mas, como ela precisou retornar ao hospital, ficamos felizes e emocionados, pois aqui é um lugar de muito amor. Graças a Deus, por ter eles em nossas vidas", finalizou a mãe.