Tocantins

Sindicato denuncia interferência da Fieto em negociação e aponta prejuízo a 7 mil trabalhadores

Questão atrasa acordo com os patrões.

Por Redação 1.001
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30/03/2023 14h37 - Atualizado há 1 ano
Presidente do STIMMMEI-TO, Luana Parente, e presidente da Força Sindical-TO, Carlos Augusto Melo de Oliveira

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Tocantins (STIMMMEI-TO) divulgou nota de esclarecimento apontando interferência e possível conduta antisindical da Federação das Indústrias do Estado, a Fieto, na negociação da categoria com o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios, o Sindirepa-TO.

Essa situação, segundo o os representantes dos metalúrgicos e mecânicos, tem atrasado a convenção coletiva, prejudicando cerca de 7 mil trabalhadores no Tocantins e quase 2 mil empresas.

A representação patronal não está sendo realizada pelo presidente José Febrônio e sim por um grupo de advogados da Fieto, que, sem conhecimento de negociação coletiva, atua sem qualquer base legal, e no ano de 2022 vê-se o nítido objetivo de travar e impedir as negociações. E o que é pior, de forma arbitrária em visível conduta antisindical, tentam determinar que a convenção coletiva seja alterada da maneira que lhes convém”, destaca a nota de esclarecimento do STIMMMEI-TO, assinada pela presidente Luana Pereira Parente.

Conforme a nota, essa situação é inédita, pois antes sempre havia negociação de boa-fé com o Sindirepa, e centenas de empresários representados pela entidade sempre respeitaram os acordos. Contudo, até agora não houve qualquer contraproposta à minuta de convenção coletiva apresentada em outubro de 2022 e, isso, pode resultar em uma ação judicial por danos morais coletivos, com prejuízos para os empresários do setor. 

“Por fim, nós do STIMMMEI, apesar das recusas e interferência, não descansaremos enquanto não concluirmos as negociações coletivas. E se necessário for, com a documentação que já acumulamos, faremos denúncias dessas condutas antisindicais junto ao Ministério Público, Ministério do Trabalho e onde mais for necessário”, destaca a nota.

O atual piso salarial da categoria é de R$ 1.290,62. A minuta do acordo coletivo prevê 6,46% de reposição da inflação para todos os trabalhadores do setor, incluindo os que possuem remuneração acima do piso. O STIMMMEI é filiado à Força Sindical-TO e conta com respaldo da entidade nessa demanda.

Confira a nota pública na íntegra abaixo.

Nota do STIMMMEI-TO

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