Contrato questionado

MPTO aponta várias ilegalidades e quer anulação de contrato de R$ 62 milhões em Palmas

Órgão ameaça propor medidas judiciais contra a gestão de Palmas.

Por Redação 1.358
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05/05/2021 15h53 - Atualizado há 2 anos
Prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) recomendou a anulação da licitação voltada à contratação de serviços digitais em Palmas e que não sejam realizados pagamentos à empresa vencedora da licitação.

A empresa foi contratada pelo valor de R$ 62.820.000,00, conforme foi publicado no Diário Oficial de Palmas em 25 de março de 2021. A recomendação é destinada à prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, e ao presidente da Agência de Tecnologia da Informação do Município.

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Conforme o MPTO, a recomendação foi motivada por indícios de violação da competitividade no processo licitatório, de prática de sobrepreço e do consequente risco de prejuízos aos cofres públicos. A atuação é da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, da área de defesa do patrimônio público.

A Promotoria de Justiça relata na recomendação que a licitação se encontra sob investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), sendo que a Coordenadoria de Fiscalização já detectou diversos indícios de irregularidades, entre eles o possível ajustamento de preços entre as empresas participantes.

Segundo a coordenadoria, as empresas teriam apresentado propostas com preços semelhantes e muito elevados, induzindo a licitação ao valor referencial máximo. Também faltaram, nas propostas apresentadas, explicações sobre a metodologia para a estimativa dos serviços a serem prestados, o que contribui para a conclusão sobre o sobrepreço dos valores. O TCE ainda aponta que em 2020 foi realizada outra licitação pelo município para a contratação de serviços semelhantes, porém com preços muito abaixo aos que foram propostos no atual certame.

A análise da coordenadoria do Tribunal de Contas aponta diversos outros indícios técnicos de irregularidade e orienta pelo cancelamento do certame, em razão do possível dano ao erário, resultante do sobrepreço dos serviços contratados.

Caso os gestores municipais não acatem a recomendação pela anulação, emitida pelo promotor de Justiça  Vinícius de Oliveira e Silva, medidas judiciais poderão ser adotadas pelo Ministério Público. A recomendação é datada de 29 de abril.

A licitação que o MPTO recomenda ser anulada ocorreu por meio do Pregão Eletrônico nº 109/2020, promovido pela Agência de Tecnologia da Informação do Município de Palmas, que teve como finalidade a contratação de “empresa especializada em fornecimento de solução de transformação digital, gestão da informação, elaboração de normativas e com fornecimento de software para gerenciamento de novos e atuais processos da Prefeitura Municipal de Palmas”.

(As informações são do MPTO)

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