Mulher no Trânsito, perigo constante? A realidade nos mostra que não

Por Redação AF
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07/03/2014 17h24 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Aquele ditado, <em>&ldquo;mulher no volante, perigo constante&rdquo;</em>, al&eacute;m de preconceituoso, n&atilde;o procede. Hoje as mulheres conseguiram autonomia e quebraram alguns tabus que insistiam em continuar existindo, tanto na vida profissional quanto na pessoal.<br /> <br /> A ideia de que as mulheres n&atilde;o podem fazer determinada coisa, ou que certa profiss&atilde;o n&atilde;o &eacute; adequada para elas, j&aacute; est&aacute; ultrapassada. A maior prova disso &eacute; a atual &ldquo;presidenta&rdquo; do Brasil, Dilma Rousseff. No tr&acirc;nsito tamb&eacute;m temos exemplos de muitas mulheres exercendo fun&ccedil;&otilde;es que, antigamente, eram unicamente masculinas. No Tocantins, segundo dados do setor de estat&iacute;sticas do Detran-TO, s&atilde;o mais de 100 mil condutoras, quantidade que representa quase 30% do n&uacute;mero total de condutores no Estado.<br /> <br /> Trabalhar no tr&acirc;nsito exige compet&ecirc;ncia, disciplina e serenidade. S&atilde;o muitos os perigos enfrentados, que v&atilde;o desde condutores inconsequentes &agrave; problemas no ve&iacute;culo. Apesar disso, muitas pessoas tornam o tr&acirc;nsito um lugar no qual ganham a vida. &Eacute;rica Gomes Leal &eacute; um exemplo disto, ela trabalha como instrutora de tr&acirc;nsito em um CFC (Centro de Forma&ccedil;&atilde;o de Condutores) da Capital, e mostra no dia a dia que de sexo fr&aacute;gil n&atilde;o tem nada.<br /> <br /> As mulheres, cada vez mais, se igualam em quantidade aos homens no mais diversos setores. Muitas vezes tendo qualidades estimadas por quem convive com elas. Igor de Oliveira, aluno da instrutora de tr&acirc;nsito, &Eacute;rica Gomes, fala sobre o trabalho da instrutora. <em>&ldquo;N&atilde;o vejo diferen&ccedil;a alguma em ser ensinado por uma mulher. Acredito que esse preconceito j&aacute; est&aacute; sendo superado, por&eacute;m, infelizmente alguns ainda o nutrem</em>&rdquo;, afirmou.<br /> <br /> De acordo com a servidora do Detran-TO e psic&oacute;loga, B&aacute;rbara Moraes, a vis&atilde;o distorcida da sociedade em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; capacidade das mulheres vem mudando com o passar do tempo. <em>&ldquo;Ainda existe muito preconceito em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; mulher, principalmente no campo profissional, onde os seus sal&aacute;rios geralmente s&atilde;o inferiores aos dos homens que exercem fun&ccedil;&otilde;es semelhantes. No tr&acirc;nsito tamb&eacute;m existe grande preconceito de que a mulher n&atilde;o &eacute; uma boa condutora ou que s&oacute; sirva para pilotar um fog&atilde;o, em ambos os casos trata-se de um total desconhecimento por parte de quem divulga isso, uma vez que de acordo com os dados estat&iacute;sticos as mulheres se envolvem menos em acidentes e consequentemente morrem menos no tr&acirc;nsito&rdquo;</em>, explanou.<br /> <br /> <u><strong>Minha vida no tr&acirc;nsito: &Eacute;rica Gomes</strong></u><br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/%C9rica%20Gomes%20-%20Uma%20vida%20dedicada%20a%20trabalhar%20no%20tr%E2nsito%20-%20Raimundo%20C%E9sar.JPG" style="width: 300px; height: 199px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: left;" /><em>&ldquo;Eu comecei a minha vida no tr&acirc;nsito como taxista, e exerci esta profiss&atilde;o por um per&iacute;odo de aproximadamente dois anos. Ap&oacute;s isso comecei a trabalhar com transporte alternativo dirigindo um micro&ocirc;nibus. Com o passar do tempo eu vi a necessidade de trabalhar de forma regularizada, com carteira assinada. Ent&atilde;o resolvi fazer um teste em uma empresa de transporte coletivo, onde fui aprovada entre homens e mulheres que disputavam a vaga. S&oacute; depois fui convidada a trabalhar como instrutora. Desta forma fiz o curso de instrutora, fui aprovada e passei a trabalhar neste seguimento.<br /> <br /> Nessa trajet&oacute;ria nunca me senti diminu&iacute;da por ser mulher, sempre trabalhei com dignidade e tive aceita&ccedil;&atilde;o por onde passei, mas sei que nem sempre &eacute; assim, o machismo ainda &eacute; uma coisa muito forte na nossa sociedade&rdquo;</em>, disse a instrutora de tr&acirc;nsito &Eacute;rica Gomes.</span></div>
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