OAB afirma que não há "razoabilidade" em exigências para Procurador do Município e defende valorização da classe
Por Redação AF
Comentários (0)
23/07/2013 15h56 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><strong><u>Arnaldo Filho</u></strong><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> A divulgação de informações relativas ao Projeto de Lei que visa reestruturar a Procuradoria Geral do Município de Araguaína já gera controvérsias antes mesmo de ser concluída sua elaboração.<br /> <br /> Em recente recomendação o Ministério Público (MPE) já questionou alguns itens da minuta do Projeto, principalmente o que permite que cinco procuradores sejam nomeados em cargo de comissão pelo prefeito e o que exige do candidato cinco anos de advocacia e/ou dez anos de atividade jurídica para concorrer à vaga de Procurador.<br /> <br /> <u><strong>OAB Araguaína</strong></u><br /> <br /> A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Araguaína) também se posicionou de forma contrária aos itens. Conforme o vice-presidente da Sebseção, advogado Clayton Silva, “não há razoabilidade” na exigência de 5 anos de advocacia e/ou 10 anos de atividade jurídica. “Sem justificativa, despropositada e a OAB não concorda”, afirmou.<br /> <br /> Clayton Silva lembrou que a função do Procurador do Município é tão importante quanto as que são desempenhadas por Promotores de Justiça e Juízes. <em>“Esses concursos exigem três anos, inclusive os certames para Procurador Estadual e Federal”</em>, destacou.<br /> <br /> Ainda segundo o vice-presidente da OAB, a entidade também irá se manifestar em relação ao subsídio que será ofertado no concurso para Procurador do Município. <em>“A Ordem vai se manifestar visto que um salário de 2 mil reais não atende aos interesses da classe. Também não é possível prestar um serviço de qualidade para o Município de Araguaína com salário desse. Assim o Município não estará valorizando sua Procuradoria”</em>, argumentou Clayton Silva.<br /> <br /> O representante da OAB lembra ainda que a economia ao erário público é importante, mas é preciso manter o equilíbrio e valorizar os profissionais que desempenham importantes funções.<br /> <br /> Além do baixo salário que deve ser ofertado no certame, fontes do <strong><em>AF Notícias</em></strong> informaram também que uma das exigências aos novos Procuradores será a exclusividade, ou seja, eles não poderão prestar serviços para outros órgãos/empresas.<br /> <br /> Já em relação à possibilidade de que cinco Procuradores sejam nomeados em cargos de comissão pelo próprio prefeito, Clayton Silva argumentou que será “muito cacique para poucos índios” já que a prefeitura pretende organizar uma Procuradoria com apenas seis Procuradores. <br /> <br /> O vice-presidente da OAB garantiu ainda que a Ordem irá se posicionar sobre todos os itens que gerarem dúvidas ou controvérsias. <em>“Já participamos de duas reuniões e deixamos claro que não vamos ficar só ouvindo as propostas e chancelando. Vamos nos posicionar”</em>, garantiu Clayton Silva.<br /> <br /> <u><strong>Prefeitura</strong></u><br /> <br /> Em nota à imprensa a Prefeitura de Araguaína classificou os questionamentos do promotor Alzemiro Wilson Peres Freitas como “precipitados” e “equivocados”. Segundo a prefeitura o Projeto de Lei da Procuradoria está ainda sendo elaborado e adequado para diminuir a quantidade de procuradores, que na Lei vigente contempla 17 vagas.<br /> <br /> De acordo com a Procuradora Geral do Município, Luciana Ventura, a nova estrutura do órgão vislumbra os seis cargos para procuradores concursados e os de chefia.<br /> <br /> A prefeitura de Araguaína disse ainda que está aberta a sugestões do Ministério Público e de órgãos representativos como a OAB.</span></div>