PM e fiscais invadem casamento deixando casal e convidados constrangidos

Por Redação AF
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17/08/2013 11h31 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> <em>Portal AF Not&iacute;cias</em><br /> <br /> A Pol&iacute;cia Militar juntamente com os Departamentos de Posturas, Tributos, Fiscaliza&ccedil;&atilde;o Sanit&aacute;ria e Conselho Tutelar, deflagraram na noite desta sexta-feira (17) uma importante opera&ccedil;&atilde;o em Aragua&iacute;na que visa garantir maior sensa&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a &agrave; popula&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Divididos em grupos, policiais e fiscais percorreram diversos setores e alguns locais vulner&aacute;veis &agrave; ocorr&ecirc;ncia de infra&ccedil;&otilde;es penais.<br /> <br /> Entretanto, neste momento, queremos n&atilde;o apenas parabenizar a atua&ccedil;&atilde;o dos &oacute;rg&atilde;os pelo trabalho desenvolvido em prol da seguran&ccedil;a p&uacute;blica, mas chamar a aten&ccedil;&atilde;o das autoridades fiscalizadoras para que a &ldquo;presun&ccedil;&atilde;o de inoc&ecirc;ncia&rdquo; n&atilde;o seja mero enfeite constitucional, e sim uma garantia fundamental do cidad&atilde;o.<br /> <br /> Al&eacute;m da efici&ecirc;ncia no desenvolvimento das a&ccedil;&otilde;es, o agente p&uacute;blico deve tratar o cidad&atilde;o como &quot;verdadeiro cidad&atilde;o de bem&quot;, at&eacute; que se prove realmente o contr&aacute;rio.&nbsp;&nbsp;<br /> <br /> Essa breve introdu&ccedil;&atilde;o serve para relatar uma situa&ccedil;&atilde;o constrangedora que ocorreu durante as fiscaliza&ccedil;&otilde;es. O intuito aqui n&atilde;o &eacute; condenar a a&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;cia e dos fiscais, mas fazer um alerta para que situa&ccedil;&otilde;es como estas sejam, pelo menos, amenizadas, se n&atilde;o evitadas.<br /> <br /> <u><strong>O fato</strong></u><br /> <br /> Nesta sexta, durante o casamento religioso de uma colega de imprensa, no Espa&ccedil;o Acqua, cerca de dez policiais fortemente armados e fiscais entraram no local, por volta das 23h30min causando constrangimentos aos familiares, amigos e rec&eacute;m-casados. Os seguran&ccedil;as que estavam na portaria j&aacute; haviam informado que se tratava de um casamento evang&eacute;lico, sem nenhuma bebida alco&oacute;lica e com som ambiente.<br /> <br /> Segundo o casal, logo ap&oacute;s a a&ccedil;&atilde;o a festa terminou, pois quase todos os convidados foram embora envergonhados com a situa&ccedil;&atilde;o. Os rec&eacute;m-casados se disseram constrangidos e defenderam que as autoridades fossem mais discretas na fiscaliza&ccedil;&atilde;o para se evitar tais situa&ccedil;&otilde;es.<br /> <br /> Eu tamb&eacute;m estive na cerim&ocirc;nia de casamento, no entanto, me ausentei minutos antes da a&ccedil;&atilde;o quando a Pol&iacute;cia e os Fiscais ainda estavam no &ldquo;Bar Canela de Servente&rdquo;.&nbsp;<br /> <br /> <u><strong>Atitude reprov&aacute;vel</strong></u><br /> <br /> Certas situa&ccedil;&otilde;es desagrad&aacute;veis podem e devem ser evitadas. Primeiro por que se tratava de uma festa de casamento, momento &iacute;mpar na vida das pessoas e que, em tese, ocorre apenas uma vez. Justamente por isso, o Estado tem o dever de respeitar a inviolabilidade e intimidade do casal, e dos convidados.<br /> <br /> Com um pouco mais de cautela, o comandante da opera&ccedil;&atilde;o, percebendo que se tratava de uma cerim&ocirc;nia religiosa, e n&atilde;o de um Bar com som alto e bebidas alco&oacute;licas, deveria ter chamado os respons&aacute;veis, conversado e questionado o que fosse necess&aacute;rio, sem que todo o batalh&atilde;o entrasse no local como se l&aacute; estivesse acontecendo uma festa regada a imoralidades.<br /> <br /> Tamb&eacute;m entendemos que a atua&ccedil;&atilde;o do Poder P&uacute;blico, via opera&ccedil;&otilde;es, deve ser restrita aos locais abertos ao p&uacute;blico. J&aacute; em ambientes particulares, requer necessariamente ordem judicial, afinal, vivemos o Estado Democr&aacute;tico de Direito, e n&atilde;o mais uma ditadura. Portanto, percebemos, infelizmente, que os agentes p&uacute;blicos excederam os limites legais que autorizam a atua&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica.&nbsp;&nbsp;<br /> <br /> <u><strong>Explica&ccedil;&otilde;es</strong></u><br /> <br /> O Chefe do Departamento de Posturas, Thiago Spacassassi, afirmou que tem sempre recomendado aos fiscais uma atua&ccedil;&atilde;o com &ldquo;a maior discri&ccedil;&atilde;o poss&iacute;vel para se evitar constrangimentos&rdquo;, principalmente em situa&ccedil;&otilde;es como estas. Segundo ele, at&eacute; ent&atilde;o desconhecia o epis&oacute;dio, mas tomar&aacute; as medidas necess&aacute;rias para evit&aacute;-los.<br /> <br /> O Comandante do 2&ordm; BPM, Major Silva Neto, n&atilde;o foi encontrado para comentar o assunto.</span></div>
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