Operação Tiro Certo

PF investiga fraude em pedidos de porte de arma no Tocantins e desvenda ameaças forjadas

Mandados foram cumpridos nas cidades de Palmas, Miranorte e Augustinópolis.

Por Redação 887
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01/02/2023 08h01 - Atualizado há 1 ano
Os investigados poderão responder pelos crimes de denunciação caluniosa, comunicação falsa de crime, falsidade ideológica e uso de documento falso

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (01/02) a operação “Tiro Certo”, com o objetivo de aprofundar as investigações relacionadas a fraudes em requerimentos de porte de arma de fogo apresentados à Superintendência Regional no Tocantins.

Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Tocantins, nas cidades de Palmas, Miranorte e Augustinópolis.

A investigação teve início a partir de denúncia de que um advogado, especialista em processos de aquisição, registro e porte de arma de fogo, estava produzindo ou orientando os seus clientes sobre como forjar o recebimento de graves ameaças, com o fim de comprovar o requisito legal da efetiva necessidade do porte de arma de fogo.

De acordo com as investigações da PF, verificou-se um modo de agir e padrões no fornecimento de informações em diversos processos em que o investigado atuou como procurador, como a apresentação de ameaças de morte enviadas ao seu cliente, por meio de aplicativo de troca de mensagens de celular, cujo remetente era sempre anônimo e desconhecido da suposta vítima, com posterior registro de ocorrência policial e lavratura de ata notarial das mensagens recebidas.

Segundo a PF, em um dos casos, embora o requerente tenha alegado o sofrimento de um atentado a tiros, enquanto conduzia o seu veículo, foi possível observar indícios de que tenha simulado a suposta prática do crime de tentativa de homicídio, apenas com a finalidade de instruir o pedido de porte de arma de fogo.

Conforme a PF, os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de denunciação caluniosa, comunicação falsa de crime, falsidade ideológica e uso de documento falso.

O nome da operação faz referência ao termo utilizado pelo investigado ao oferecer os seus serviços para obtenção de porte de arma de fogo, quando dizia que o pedido já deveria ser apresentado à Polícia Federal com um “tiro certo”, referindo-se a comprovação da efetiva necessidade.  

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