Em Arapoema

Povoado com centenas de moradores está sem água há um mês; MPTO aciona BRK na justiça

À prefeitura, a BRK já havia informado apenas que a bomba do poço se encontrava com baixa vazão.

Por Redação
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24/09/2019 08h39 - Atualizado há 4 anos
Água utilizada pelos moradores

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) ajuizou, na sexta-feira (20), uma Ação Civil Pública contra a BRK Ambiental com o objetivo de garantir o devido fornecimento de água aos moradores do povoado Zé Preto, localizado na zona rural de Arapoema.

Conforme a ação, residem no povoado cerca de 200 moradores, que estão há quase um mês sem o fornecimento de água. Além disso, a BRK já havia sido notificada pela prefeitura de Arapoema em agosto deste ano, tendo se limitado a responder que a bomba do poço se encontrava com baixa vazão e que para melhorar o abastecimento de água no povoado seria necessária a substituição do equipamento.

Ainda na ação, o promotor de justiça Caleb Melo explicita o teor da Lei Municipal nº 450/99 e do Contrato de Concessão nº 150/99, que deixam bem claro que a concessão da prestação de serviços públicos de fornecimento de água potável deverá ser feita pela concessionária em todo o âmbito territorial do Município e destaca que as pessoas residentes no local, dentre elas idosos, deficientes e crianças, não podem ficar desassistidas.

Expõe, ainda, que a ausência de água encanada obrigou os moradores a retomarem o uso de cisternas, sendo frequentes casos de diarreia e infecções intestinais em decorrência da má qualidade da água, que vem se acentuando progressivamente.

Diante desse quadro, o Ministério Público do Tocantins requereu a concessão de medida liminar com o fim de impor à BRK Ambiental a obrigação de providenciar, em até 24 horas, a manutenção da rede de água encanada no povoado Zé Preto, com a imediata troca da bomba d’água, restabelecendo o funcionamento normal, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 10.000,00.

Em caso de descumprimento da obrigação no prazo concedido, requer o bloqueio da quantia de R$ 1.866,65 nas contas do Município, com vistas à aquisição da bomba.

Além da retomada do abastecimento, o MPTO requer que a justiça mande a empresa a apresentação de relatórios mensais de análise de potabilidade da água, sob pena de imposição de multa diária de R$ 10.000,00, a serem revertidos para o Fundo de Modernização e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Estado do Tocantins (FUMP), dentre outras medidas.

A água está causando problemas aos moradores

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