Professores têm direito ao piso retroativo a 2011

Por Redação AF
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28/02/2013 08h08 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (27) por maioria, oito votos a um, que o piso nacional de sal&aacute;rio do professor deve ser pago pelos estados a partir de 27 de abril de 2011, data em que o pr&oacute;prio Supremo considerou constitucional a lei que estabeleceu a remunera&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica.<br /> <br /> Promulgada em 17 de julho de 2008, a norma estabelece que nenhum professor da rede p&uacute;blica pode receber menos que o piso nacional para uma carga hor&aacute;ria de at&eacute; 40 horas semanais. Para 2013, segundo o Minist&eacute;rio da Edua&ccedil;&atilde;o, o valor do piso &eacute; de R$ 1.567.<br /> <br /> A decis&atilde;o foi tomada no julgamento de recursos apresentados pelos estados de Mato Grosso do Sul, Paran&aacute;, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Cear&aacute;, que alegaram que n&atilde;o tinham condi&ccedil;&otilde;es financeiras de pagar os valores retroativos.<br /> <br /> O relator do processo e presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa, foi o &uacute;nico contr&aacute;rio ao pagamento retroativo desde 2011 - ele queria que os estados fossem obrigados a pagar os valores atrasados desde 2008.<br /> <br /> &quot;Visivelmente, esses estados todos n&atilde;o querem cumprir a lei. Eles ingressam com embargos, daqui a pouco vir&atilde;o outros embargos&quot;, disse Barbosa. O ministro Marco Aur&eacute;lio Mello, ent&atilde;o, questionou: &quot;Mas eles n&atilde;o t&ecirc;m numer&aacute;rio&quot;. E Barbosa rebateu: &quot;Eles t&ecirc;m numer&aacute;rio para outras coisas. Seguramente t&ecirc;m&quot;, afirmou.<br /> <br /> Joaquim Barbosa argumentou que os estados j&aacute; tiveram prazo para se adequar e fazer o pagamento adequado aos professores.<br /> <br /> O ministro Teori Zavascki foi o primeiro a atender o pedido dos estados para que o piso s&oacute; valesse a partir de 27 de abril. Ele foi seguido por Rosa Weber, C&aacute;rmen L&uacute;cia, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Marco Aur&eacute;lio. O ministro Dias Toffoli, que foi advogado-geral da Uni&atilde;o na &eacute;poca da cria&ccedil;&atilde;o da lei, se declarou impedido de analisar o caso.<br /> <br /> Zavascki argumentou que os gastos poderiam comprometer o Or&ccedil;amento dos estados. &quot;A informa&ccedil;&atilde;o que se tem &eacute; que os gastos s&atilde;o elevados em alguns estados comprometendo seriamente a previs&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria.&quot;<br /> <br /> Lewandowski concordou e afirmou que somente a partir da decis&atilde;o do Supremo &eacute; que os estados puderam adequar seus gastos.<br /> <br /> A defesa do governo do Rio Grande do Sul argumentou no julgamento que, caso o estado tivesse de pagar o retroativo, o passivo somaria R$ 3 bilh&otilde;es, verba anual de toda a seguran&ccedil;a p&uacute;blica.</span></div>
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