SINPOL alerta para possível “colapso no sistema prisional do Tocantins”

Por Redação AF
Comentários (0)

19/08/2013 09h49 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> <em>Portal AF Not&iacute;cias</em><br /> <br /> O sistema prisional do Tocantins est&aacute; prestes a entrar em colapso. Este &eacute; o alerta da presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (SINPOL), Nadir Nunes, acrescentando ainda que as terceiriza&ccedil;&otilde;es est&atilde;o provocando a &ldquo;fal&ecirc;ncia do sistema&rdquo;.<br /> <br /> Ao <strong><em>AF Not&iacute;cias</em></strong>, a presidente do SINPOL afirmou que &ldquo;falta gest&atilde;o&rdquo; ao Governo do Estado e que as terceiriza&ccedil;&otilde;es milion&aacute;rias servem apenas como cabides de empregos.&nbsp; <em>&ldquo;&Eacute; muito mais f&aacute;cil fazer indica&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas do que fazer concurso p&uacute;blico. &Eacute; uma aberra&ccedil;&atilde;o essa terceiriza&ccedil;&atilde;o. Est&atilde;o ganhando rios de dinheiro para gerir duas unidades [em Palmas e Aragua&iacute;na]. O governo est&aacute; sustentando isso apenas para manter os apadrinhados&rdquo;</em>, criticou Nadir Nunes.<br /> <br /> <u><strong>Contrato</strong></u><br /> <br /> Segundo o extrato do contrato publicado no Di&aacute;rio Oficial do Estado de 2 de dezembro de 2011, a empresa Umanizzare ficaria respons&aacute;vel pelos servi&ccedil;os t&eacute;cnicos e assistenciais, seguran&ccedil;a, identifica&ccedil;&atilde;o, prontu&aacute;rio, movimenta&ccedil;&otilde;es, servi&ccedil;os administrativos, alimenta&ccedil;&atilde;o e servi&ccedil;os gerais. O valor total do contrato era de R$ R$ 25.029.000,00.<br /> <br /> J&aacute; no DOE de 10 de janeiro de 2012, foi publicado o Termo Aditivo que deu nova reda&ccedil;&atilde;o &agrave; Cl&aacute;usula sexta, do pre&ccedil;o, e &agrave; Cl&aacute;usula Oitava, da dota&ccedil;&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria, no valor total de mais R$ 25.029.000,00.<br /> <br /> <u><strong>Vistorias nos pres&iacute;dios</strong></u><br /> <br /> Para a representante do SINPOL, a enorme quantidade de objetos encontrados durante as vistorias nas unidades prisionais apenas reflete a fragilidade da gest&atilde;o prisional. <em>&ldquo;Aragua&iacute;na &eacute; a prova disso&rdquo;</em>, afirmou Nadir Nunes fazendo refer&ecirc;ncia &agrave; &uacute;ltima vistoria no Pres&iacute;dio Barra da Grota onde foram encontrados 23 celulares, 50 cart&otilde;es de mem&oacute;ria, dois alicates de corte, drogas, facas artesanais, isqueiros e outros objetos.<br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/objetos%20apreendidos(1).jpg" style="width: 500px; height: 266px;" /><br /> (Objetos apreendidos na &uacute;ltima vistoria no Pres&iacute;dio Barra da Grota)<br /> <br /> J&aacute; neste s&aacute;bado (17), foi descoberto um t&uacute;nel de aproximadamente 1,5 metros de di&acirc;metro que seria utilizado para uma fuga em massa dos detentos.<br /> <br /> Usando pontas de ferros, os quatro detentos da cela 110, Pavilh&atilde;o &ldquo;C&rdquo;, conseguiram quebrar 40 cent&iacute;metros do piso de concreto e retirar mais de 40 sacos de entulhos do t&uacute;nel. O material ficava armazenado em sacos feitos com camisetas e capas de colch&atilde;o, e empilhados sobre as &ldquo;jegas&rdquo; (cama do pres&iacute;dio). Cada um deles pesava em m&eacute;dia 40 quilos, totalizando aproximadamente 1.600 Kg de concreto e areia.<br /> <br /> Para manter a respira&ccedil;&atilde;o dentro do buraco, os detentos contavam com modernos materiais hospitalares como uma mangueirinha, m&aacute;scara de aerossol e um equipamento port&aacute;til que liberava oxig&ecirc;nio.<br /> <br /> O mais intrigante disso tudo &eacute; que a a&ccedil;&atilde;o dos presidi&aacute;rios, nem o barulho provocado pelas escava&ccedil;&otilde;es, havia chamado a aten&ccedil;&atilde;o dos agentes at&eacute; aquele momento.<br /> <br /> <u><strong>Facilita&ccedil;&atilde;o na entrada de objetos</strong></u><br /> <br /> Na semana passada a Umanizzare disponibilizou no Sine 50 vagas para agentes de ressocializa&ccedil;&atilde;o. Eram exigidos dos candidatos apenas o ensino m&eacute;dio completo e idade m&iacute;nima de 23 anos.&nbsp;&nbsp;&nbsp;<br /> <br /> O SINPOL tamb&eacute;m criticou a falta de outras exig&ecirc;ncias como pesquisa da &ldquo;vida pregressa&rdquo; do candidato. <em>&ldquo;Est&atilde;o contratando pessoas para exercerem uma fun&ccedil;&atilde;o que &eacute; t&iacute;pica de Estado. H&aacute; casos onde eles j&aacute; contratam ex-presidi&aacute;rios e pessoas que tinham mandados de pris&atilde;o expedidos em seu nome&rdquo;</em>, relatou.<br /> <br /> Para o Sindicato, o fato de os agentes de ressocializa&ccedil;&atilde;o da Umanizzare n&atilde;o possu&iacute;rem um v&iacute;nculo efetivo com o Estado, os deixam mais facilmente corrupt&iacute;veis.&nbsp;<br /> <br /> O Sindicato alerta tamb&eacute;m que esses contratados manuseiam armas, fazem escoltas, dirigem ve&iacute;culos oficiais e cuidam dos detentos sem nenhum treinamento efetivo. Uma das cobran&ccedil;as do SINPOL &eacute; que o Estado retome a administra&ccedil;&atilde;o dos pres&iacute;dios e realize concurso p&uacute;blico para Agentes Penitenci&aacute;rios.<br /> <br /> <u><strong>Crise na Seguran&ccedil;a P&uacute;blica</strong></u><br /> <br /> No pr&oacute;ximo dia 28 de agosto a Pol&iacute;cia Civil do Tocantins ir&aacute; decidir em Assembleia se deflagra greve, ou n&atilde;o. <em>&ldquo;Queremos melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho; o pagamentos das progress&otilde;es verticais, que est&atilde;o atrasadas desde abril do ano passado, e horizontais, atrasadas desde o in&iacute;cio deste ano; e a aprova&ccedil;&atilde;o pela Assembleia Legislativa, do projeto de lei de extin&ccedil;&atilde;o e aproveitamento do cargo de Agentes Penitenci&aacute;rios na estrutura da Pol&iacute;cia Civil, que aumentar&aacute; o n&uacute;mero de servidores atendendo a sociedade, nas unidades policiais&rdquo;</em>, explicou a presidente do SINPOL, Nadir Nunes.<br /> <br /> Para a representante da categoria, as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho refletem diretamente na qualidade dos servi&ccedil;os prestados &agrave; comunidade. <em>&ldquo;Algumas delegacias j&aacute; tiveram energia cortada e ordem de despejo por falta de pagamento de aluguel&rdquo;</em>, denunciou.&nbsp;<br /> <br /> <em>&ldquo;O Estado inteiro est&aacute; uma falta de gest&atilde;o, inclusive ouvimos isso na reuni&atilde;o em Bras&iacute;lia no Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia. A qualquer momento o sistema pode cair&rdquo;</em>, alertou Nadir Nunes.</span></div>
ASSUNTOS

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.