<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), regional de Araguaína, afirmou ao <strong><em>AF Notícias</em></strong> nesta quinta-feira (1º) que a categoria até aceita a data-base proposta pelo Executivo no percentual de 6%, mas quer discutir sua forma de pagamento.<br /> <br /> Segundo Jesulê Guida, presidente regional, a contraproposta já foi encaminhada ao prefeito Ronaldo Dimas (PR) e agora aguarda um posicionamento. A categoria propôs o pagamento dos 6% em parcela única, e de imediato, além da negociação do retroativo ao mês de março.<br /> <br /> <em>“Sabemos das dificuldades financeiras do município e o retroativo pode ser discutido. Os 6% não está fora de discussão. O que está fora é a forma de pagamento dividido em três parcelas”</em>, garantiu Jesulê.<br /> <br /> <u><strong>Reajuste de 42% no últimos 3 anos</strong></u><br /> <br /> Em nota à imprensa, a Prefeitura de Araguaína afirmou que não tem condições econômicas de conceder um reajuste acima de 6% e lembrou que nos últimos três anos a categoria recebeu um aumento de 42%, fora as progressões previstas no Plano de Cargo, Carreira e Salários. Enquanto isso, no mesmo período, a inflação no país foi de 16%.<br /> <br /> O piso nacional para professores atualmente é de R$ 1.568,00. Já no município de Araguaína a remuneração inicial da categoria é de R$ 2.185,84 e, com o reajuste de 6%, o piso inicial passará para R$ 2.317,00.<br /> <br /> A prefeitura disse também que está prevista para o próximo ano a inauguração de 06 creches, reformas de escolas e construção de escolas comuns. Estas novas unidades demandarão aproximadamente 200 novos servidores municipais para a educação, entre eles 80 professores, o que por si só elevará a folha de pagamento para o próximo ano em R$ 5.180.000,00.<br /> <br /> <u><strong>Sindicato</strong></u><br /> <br /> Para o presidente do Sindicato “essa conversa não é real”. <em>“Os 42% foram concedidos nos últimos quatro anos, e não três. Mas isso não significa que ele não tenha que conceder o reajuste. Isso foi mérito da categoria. Salário alto também não é justificativa para não cumprir com a data-base. Não estamos cobrando o piso”</em>, disse Jesulê.<br /> <br /> <u><strong>Investimentos</strong></u><br /> <br /> A prefeitura disse ainda que entre os meses de janeiro e março foram investidos R$ 7 milhões a mais na Educação em comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Sindicato rebateu que até o momento o Executivo não provou onde foram aplicados estes recursos.<br /> <br /> <u><strong>Gratificações</strong></u><br /> <br /> Outro ponto questionado pelo Sintet é o pagamento de gratificações para coordenadores e servidores da Secretaria Municipal de Educação. Para o Sindicato, o Plano de Carreira permite que o adicional seja pago apenas aos diretores de escola. <em>“Há 150 funcionários na Secretaria de Educação e praticamente todos recebem gratificações. O Plano de Carreira não permite. Essa gratificação de modo geral é ilegal. Tem dinheiro, mas está sendo usado de forma ilegal”</em>, concluiu Jesulê Guida.</span></div>