TCU aprova auditoria no SESI e Senai; "são entidades pouco transparentes", afirma senador

Por Redação AF
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13/03/2013 23h01 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size: 14px;">O Tribunal de Contas da Uni&atilde;o aprovou esta semana a realiza&ccedil;&atilde;o de auditoria em todas as unidades do SESI e SENAI, com o objetivo de averiguar, em tempo de seis meses, os seguintes aspectos:</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">- o total de receitas, detalhadas do SESI e do SENAI, arrecadadas pela Receita Federal ou diretamente do empres&aacute;rio aos cofres destas entidades, al&eacute;m do valor dos recursos dispon&iacute;veis para aplica&ccedil;&atilde;o nos seus objetivos institucionais;<br /> <br /> - levantamento dos mecanismos de controle e dos poss&iacute;veis entraves que impedem a Receita Federal de executar a arrecada&ccedil;&atilde;o total das contribui&ccedil;&otilde;es de todas as entidades do Sistema S, a ela destinadas;<br /> <br /> - valores gastos com aquisi&ccedil;&atilde;o de im&oacute;veis, reformas e constru&ccedil;&otilde;es, referentes &agrave;s suas dez maiores empresas fornecedoras;<br /> <br /> - aplica&ccedil;&otilde;es realizadas no mercado financeiro e montante de recursos dispon&iacute;veis para futuras aplica&ccedil;&otilde;es.<br /> <br /> <u><strong>Entidades pouco transparentes</strong></u><br /> <br /> A auditoria do TCU (Ac&oacute;rd&atilde;o 425/2013) foi motivada por requerimento de iniciativas do senador Ata&iacute;des Oliveira, atrav&eacute;s do ent&atilde;o l&iacute;der do PSDB, senador Alvaro Dias, que antes de seguir para o Tribunal, teve de ser aprovado pelo Plen&aacute;rio do Senado Federal. O senador justifica a iniciativa por n&atilde;o ter conseguido respostas para estas quest&otilde;es pelos meios tradicionais. <em>&ldquo;De fato, as entidades do Sistema S s&atilde;o pouco transparentes e qualquer quest&atilde;o mais espec&iacute;fica, s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel obter por meios oficiais e com a for&ccedil;a de um mandato parlamentar&rdquo;</em>, lamentou o senador.<br /> <br /> <u><strong>Arrecada&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> A sistem&aacute;tica da arrecada&ccedil;&atilde;o &eacute; uma das quest&otilde;es que, segundo o senador, precisa ser melhor explicadas. Parte do dinheiro que os empres&aacute;rios s&atilde;o obrigados a contribuir, est&aacute; indo direto para os cofres dessas entidades (SESI e Senai), o que n&atilde;o tem amparo legal, apontou Ata&iacute;des Oliveira. Outra quest&atilde;o &eacute; como essas entidades est&atilde;o usando estes recursos, que, por serem resultado de contribui&ccedil;&atilde;o compuls&oacute;ria, s&atilde;o p&uacute;blicos. Os recursos n&atilde;o devem servir para especula&ccedil;&atilde;o imobili&aacute;ria ou mobili&aacute;ria, e sim para oferta de cursos e aten&ccedil;&atilde;o &aacute; sa&uacute;de dos trabalhadores, defende Ata&iacute;des.<br /> <br /> Em seu curto mandato de quatro meses como suplente, Ata&iacute;des Oliveira est&aacute; empreendendo uma s&eacute;rie de a&ccedil;&otilde;es no Senado pela amplia&ccedil;&atilde;o e aprimoramento dos meios de controle das entidades do Sistema S. Para o senador do Tocantins, <em>&ldquo;essas entidade que se utilizam de recursos p&uacute;blicos para cumprir a finalidade de oferecer servi&ccedil;os sociais aut&ocirc;nomos, devem mostrar &agrave; sociedade onde e como est&atilde;o arrecadando e aplicando esses recursos&rdquo;.</em></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arrecada&ccedil;&atilde;o maior que ICMS de 24 estados</strong></u><br /> <br /> O parlamentar informou que a arrecada&ccedil;&atilde;o do Sistema S deve chegar a R$ 18 bilh&otilde;es este ano. Essa quantia, assinalou, &eacute; maior do que a arrecada&ccedil;&atilde;o de ICMS de 24 estados e chega a superar o Produto Interno Bruto (PIB) de quatro estados da Regi&atilde;o Norte.<br /> <br /> Segundo o parlamentar, essas entidades arrecadaram, em 2008, R$ 8,1 bilh&otilde;es; em 2009, R$ 8,9 bilh&otilde;es; em 2010, R$ 10,2 bilh&otilde;es; em 2011, R$ 12,2 bilh&otilde;es; e, no ano passafo, R$ 15 bilh&otilde;es.<br /> <br /> - Todo esse dinheiro tem uma s&oacute; finalidade: qualifica&ccedil;&atilde;o de m&atilde;o de obra, que hoje n&atilde;o existe neste pa&iacute;s &ndash; afirmou o parlamentar, acrescentando que a folha de pagamento do Sistema S ultrapassa R$ 3 bilh&otilde;es por ano. Segundo ele, somente o Servi&ccedil;o Social de Transporte (Sest) e o Servi&ccedil;o Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) aumentaram sua folha de pagamento em 63%, de 2010 para 2011.<br /> <br /> O senador citou v&aacute;rias leis descumpridas pelas entidades do Sistema S, como a Lei 12.527, de 2011, tamb&eacute;m conhecida como Lei de Acesso &agrave; Informa&ccedil;&atilde;o; a Lei 8.429, de 1992, que trata da improbidade administrativa; a Lei 12.527, de 2011, chamada Lei da Transpar&ecirc;ncia; e as Leis de Diretrizes Or&ccedil;ament&aacute;rias desde 2008, que imp&otilde;em a divulga&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es sobre os valores recebidos pelas entidades do Sistema S.<br /> <br /> O parlamentar afirmou que os dirigentes do Sistema S s&atilde;o t&atilde;o poderosos que n&atilde;o se preocupam com as san&ccedil;&otilde;es impostas na lei por n&atilde;o cumprirem suas determina&ccedil;&otilde;es.</span></div>
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