Saúde pública

Tocantins registra 1 óbito por leishmaniose e 166 novos casos da doença no 1º semestre de 2024

Informe é produzido regularmente pela área técnica da Secretaria da Saúde.

Por Redação
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16/07/2024 10h51 - Atualizado há 3 horas
Mosquito Palha, o vetor da doença.

Notícias do Tocantins - Com objetivo de estimular o conhecimento para a população e promover ações estratégicas através dos dados coletados, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) divulgou, na segunda-feira (15/07), o Informe Epidemiológico do Tocantins de janeiro a junho de 2024, com informações acerca da doença que possui dois tipos, a leishmaniose visceral e a tegumentar. Ao todo, foram 166 novos casos no estado.

O Informe é produzido regularmente pela área técnica responsável pelas Leishmanioses. Segundo o Informe Epidemiológico do Tocantins, entre janeiro a junho de 2024 foram detectados 25 casos novos de leishmaniose visceral, apresentando queda de 57,6% dos casos em relação aos dados do ano passado, quando foram registrados 42 novos casos.

Apesar da queda, houve um óbito no município de Pium. Os 25 casos de leishmaniose visceral registrados em 2024 foram confirmados nas seguintes regiões de saúde: Capim Dourado (40,00%), Bico do Papagaio (20,0%); médio norte Araguaia (16,0%), Ilha do Bananal (20,00%) e Cantão (4,0%).

Já os dados de leishmaniose tegumentar, apresentam queda de 4,1% em relação aos casos do período entre janeiro a junho de 2023, sendo 146 casos em 2023 e 141 casos registrados em 2024, sem registros de óbitos no período. Os dados apontam que em 87,2% dos casos, a forma clínica da doença foi cutânea, já nos 12,8%, a forma clínica foi mucosa. As regiões de saúde que apresentaram casos da doença foram Bico do Papagaio (13,5%), médio norte Araguaia (13,5%), cerrado Tocantins Araguaia (5,7%), Cantão (10,6%), Capim Dourado (32,6%), Amor Perfeito (7,1%), Sudeste (9,2%) e Ilha do Bananal (7,8%).

O biólogo em saúde e responsável pela área técnica das leishmanioses da SES-TO, Julio Bigeli falou sobre as ações da pasta. “Nós temos trabalhado com o assessoramento das equipes municipais de saúde, com foco na construção de seus planos de ação para intensificação da vigilância e controle da leishmaniose visceral", afirmou.

Ainda segundo o biólogo, foi realizado, no primeiro semestre, a capacitação "8 toques para a leishmaniose" para qualificação das práticas de assistência à saúde de médicos e enfermeiros, que atuam sobretudo na atenção primária dos municípios, já que essa deve ser a porta de entrada para os pacientes com leishmanioses no SUS. "Estamos fortalecendo a vigilância e investigação de óbitos suspeitos por leishmanioses, e participando ativamente de um projeto piloto promovido pelo Ministério da Saúde com esse objetivo”, completou.

“Mas o principal objetivo da nossa equipe atualmente é avançar no processo de descentralização do diagnóstico da leishmaniose visceral por meio do teste rápido para a atenção primária. Iniciamos essa estratégia em 2023, de forma pioneira no país e temos participado, junto ao Ministério da Saúde, para fortalecer esse trabalho nos demais estados. O intuito é que esse serviço esteja disponível aos pacientes nas unidades básicas de saúde, o que permite ter um diagnóstico mais precoce da doença, e por consequência, seu tratamento oportuno. O processo é simples e já está disponível a todas as secretarias municipais de saúde do Tocantins, basta que as equipes municipais sigam as instruções que publicamos por meio de nota técnica”, acrescentou o responsável.

A doença

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos, que se alimentam de sangue. A tegumentar é caracterizada por feridas na pele, que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Já a visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, como o fígado, baço e a medula óssea.

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, o tratamento é realizado com medicamentos e acompanhamento por profissionais, ofertados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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