Ensino superior

UFT aprova criação de dois novos cursos no câmpus de Gurupi: Medicina Veterinária e Química

Instituição realizou pesquisa com cerca de 700 alunos dos 18 municípios da regional.

Por Redação 959
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14/12/2022 08h45 - Atualizado há 1 ano
Câmpus da UFT em Gurupi, a terceira maior cidade do Estado

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Tocantins (Consuni/UFT) aprovou, na segunda-feira (12), a criação de dois novos cursos de graduação presenciais para o Câmpus de Gurupi: o bacharelado em Medicina Veterinária e a licenciatura em Química.

O Câmpus já conta com as graduações em Agronomia, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Engenharia Florestal e Química Ambiental. Também discute a criação de um curso de Tecnologia em Agroindústria. Os projetos pedagógicos dos dois novos cursos já haviam sido aprovados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).

A criação dos novos cursos, em Gurupi, faz parte de um projeto de reestruturação do câmpus elaborado a partir de 2019 por uma comissão de planejamento com representantes dos diferentes colegiados. A comissão analisou, entre outros aspectos, a baixa procura por alguns cursos e as taxas de evasão de estudantes.

"Essas propostas vêm de toda uma análise que foi feita internamente e, também, com a comunidade externa para buscar identificar as potencialidades do câmpus e os problemas que precisamos resolver", enfatiza  a presidente da comissão, Marcela Silveira Tschoeke.

Segundo a professora, uma pesquisa realizada com cerca de 700 alunos do ensino médio dos 18 municípios que fazem parte da regional de ensino de Gurupi, no sul do estado, evidenciou a demanda pelo curso de Veterinária e por cursos de licenciatura noturnos: "Foi a partir disso, com base na infraestrutura do câmpus e conhecendo o perfil dos professores que nós temos que embasamos essas propostas", completou.

Conforme relatou o professor Luiz da Silveira Neto, um dos autores da proposta da graduação em Medicina Veterinária, o primeiro esboço do curso havia sido pensado a partir de uma perspectiva mais tradicional. Contudo, com a orientação da Prograd, o projeto que acabou sendo aprovado já incorpora e enfatiza os princípios da Educação 4.0, sobretudo no que diz respeito ao uso de metodologias ativas e à organização da matriz curricular por agrupamentos, que visa facilitar a assimilação dos conteúdos de forma integrada e interdisciplinar.

"Optamos por fazer um curso diurno, mas concentrar as disciplinas obrigatórias no período da manhã, enquanto reservamos a tarde para disciplinas optativas e atividades complementares, pensando em facilitar a participação daqueles estudantes que precisam trabalhar durante a formação universitária", destaca o professor. Segundo ele, o projeto pedagógico do novo curso inclui 600 horas de estágio, privilegiando atividades práticas, e tem 21% da carga horária flexível, para que o estudante possa escolher, a partir de seus interesses e afinidades, as áreas em que pretende se aprofundar.

"Assim, o projeto contempla as diretrizes nacionais da educação superior, oferecendo uma formação generalista, mas também está alinhado à ideia de flexibilização curricular", ressalta.

Também buscando uma maior inclusão de alunos, o Curso de Licenciatura em Química, que nasce a partir do colegiado e dentro da estrutura do bacharelado em Química Ambiental, traz a inovação de ser o primeiro curso noturno do Câmpus de Gurupi. Com isso, o colegiado pretende alcançar aqueles estudantes que gostariam de estudar, mas não podem frequentar a universidade durante o dia.

De acordo com o pró-reitor de Graduação, Eduardo Cezari, a expectativa é de que os cursos de Medicina Veterinária e de Licenciatura em Química possam ser ofertados já a partir de 2023.

"A oferta de vagas na licenciatura em Química vai depender mais da decisão do próprio colegiado e, possivelmente, vai ocorrer a partir do segundo semestre de 2023. Já o curso de Veterinária poderá abrir sua primeira turma assim que tivermos condições objetivas de oferta, o que significa garantia de concurso docente e garantia de condições adequadas de infraestrutura. Com a criação do curso aprovada pelos conselhos, por iniciativa da própria Universidade, então nós iremos atrás desses recursos no Ministério da Educação”, explicou.

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