<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> A vereadora e sindicalista Silvinia do Sintet (PT) usou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (25) para parabenizar a atuação da Polícia Civil nos trabalhos de investigação do assassinato do Professor Fabriciano Borges e cobrar atuação do governo do Estado na segurança pública em Araguaína.<br /> <br /> Fabriciano Correia Borges, 39 anos, foi encontrado morto em sua residência, no dia 8 de novembro de 2012, com os pés e as mãos amarrados com fio de energia, além do pescoço. Na última sexta-feira (22) a Polícia Civil, através do delegado Manoel Laeldo dos Santos Nascimento, efetuou a prisão de dois acusados pelo crime. Outros dois ainda estão foragidos.<br /> <br /> <u><strong>Sensação de conforto</strong></u><br /> <br /> De acordo com a vereadora, com a prisão dos acusados, amigos e familiares ficam mais tranquilos na certeza de que o crime não ficará impune. <em>“Temos uma sensação de conforto. Claro que não podemos recuperar a perda do grande companheiro, líder sindical, professor e dirigente do Partido dos Trabalhadores. Quero ainda parabenizar a Polícia Civil por desvendar esse crime brutal e pedir que esses acusados sejam julgados e punidos conforme os preceitos da lei”, </em>disse Silvinia.<br /> <br /> A vereadora ainda se declarou inconformada com os relatos dos acusados à polícia e com a forma brutal como ocorreu o crime. <em>“É inadmissível quando eles relatam a forma banal, brutal, como tiraram a vida de quem lutou muito pedindo para que não o matassem. Que seja feito justiça na prisão e condenação de todos os acusados”</em>, desabafou.<br /> <br /> <strong><u>Latrocínio</u></strong><br /> <br /> Segundo a polícia, Fabriciano foi vítima de latrocínio [roubo seguido de morte]. Para a vereadora, as circunstâncias levantam ainda a hipótese de homofobia, visto que o mentor do crime tinha um relacionamento íntimo com a vítima. <em>“Havia uma relação íntima entre o mentor do crime e o professor Fabriciano. Então por essa razão não vejo simplesmente como latrocínio, até como o Sindicato já afirmou, e eu reitero, há indícios de homofobia, embora saibamos que ainda há muita polêmica em torno do assunto</em>”, afirmou.<br /> <br /> <u><strong>O preconceito</strong></u><br /> <br /> <em>“Fico muito triste que pessoas com essa orientação sexual ainda sofram violência, preconceitos e vivam oprimidos à margem da sociedade. Precisamos fazer um amplo debate acerca dos direitos humanos, dos preceitos constitucionais, inclusive do direito à liberdade do cidadão”</em>, defende Silvinia.<br /> <br /> Ainda de acordo com a parlamentar, “o ser humano precisa refletir acerca de valores morais, éticos e humanos”. <em>“Por isso precisamos lutar insistentemente por políticas públicas e segurança imediata, para que possamos nos sentir minimamente seguros na cidade de Araguaína</em>”, afirma. <br /> <br /> <strong><u>Os foragidos</u></strong><br /> <br /> <em>“O caso ainda não terminou. Temos dois foragidos e outros dois que já confessaram o crime, relatando inclusive os detalhes da brutalidade. Portanto, é preciso cobrar insistentemente para que se faça justiça de fato”</em>, afirmou.<br /> <br /> <u><strong>Segurança pública</strong></u><br /> <br /> A parlamentar ainda cobrou do Governo do Estado empenho na implantação de políticas públicas e promoção de segurança à população araguainense. <em>“Estamos reféns, não há nenhuma segurança, o município precisa em caráter emergencial estudar a implantação da guarda metropolitana, precisa firmar parcerias com o Estado para melhorar e equipar os órgãos de segurança. Diante disso é necessário pensarmos em políticas públicas, pois sabemos que a simples repressão traz outras reações. Políticas de combate às drogas, à corrupção, que facilitem e favoreçam a construção de uma sociedade de paz”</em>, cobrou.<br /> <br /> A vereadora finalizou afirmando que a população de Araguaína nunca esteve tão assustada quanto nos dias atuais. <em>“São em média dois homicídios por dia, segundo a polícia, não podemos permitir essa situação”</em>, finalizou.</span></div>