Contratos extintos

Demissão em massa inclui 629 médicos no Tocantins; 'medida nefasta', diz Simed

Além dos médicos, outros 15.137 servidores públicos tiveram os contratos extintos no primeiro dia de 2019.

Por Raimunda Costa 2.761
Comentários (0)

03/01/2019 14h55 - Atualizado há 5 anos
Janice Painkow, presidente do Simed

O Sindicato dos Médicos no Tocantins (Simed) repudiou a extinção de 629 contratos temporários de médicos que atuam nos hospitais públicos do Estado.

Além desses profissionais, centenas de servidores de outras áreas da saúde também foram dispensados no primeiro dia do novo governo de Mauro Carlesse (PHS). No total, 15.766 contratos temporários foram extintos. Apenas 50% deles serão recontratados. 

Em nota, a presidente do Simed, Janice Painkow, classificou a medida como "extinção desordenada" e disse que isso demonstra "irresponsabilidade" do atual governo.

Em outro trecho da nota, o Simed ressaltou que a “nefasta” medida, sob argumento de reenquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal, deixa os servidores sem vínculos trabalhistas e, portanto, eticamente amparados para não cumprir qualquer carga horária eventualmente já fixada nas atuais escalas.

De acordo com o Simed, a “negligência com a saúde é tão clara” que o governo Mauro Carlesse possuía comissões dedicadas à análise de problemas e apresentar soluções para os recursos humanos e mesmo assim não apresentou nenhum plano para que o atendimento nos hospitais não sofresse descontinuidade.

Por fim, a entidade disse que a atual gestão se recusa a realizar concurso para suprir a carência de médicos e cobrou uma solução imediata para que a população tocantinense não seja ainda mais prejudicada.

ÍNTEGRA DA NOTA

O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed-TO) repudia a extinção desordenada de contratos temporários da área da saúde, incluindo de 629 médicos, em atuação nos hospitais no primeiro dia da gestão de Mauro Carlesse.

A medida demonstra a irresponsabilidade do governo Carlesse com o atendimento da população, que depende desses médicos que estão na assistência de urgência e emergência.

Não poderia haver outro ato de uma gestão que se recusar a realizar concurso para suprir a carência de médicos e segue a prática de contratar e descontratar aleatoriamente para burlar sistematicamente os direitos trabalhistas e lesar mais uma vez o trabalhador da saúde.

A negligência com a saúde é tão clara que o governo Mauro Carlesse possuía comissões dedicadas à análise de problemas e apresentar soluções para os recursos humanos e mesmo assim não apresentou nenhum plano para que o atendimento nos hospitais, que depende desses profissionais, não sofresse descontinuidade.

O SIMED-TO entende que a nefasta medida, sob argumento de reenquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal, deixa os servidores sem vínculos trabalhistas e, portanto, eticamente amparados para não cumprir qualquer carga horária eventualmente já fixada nas atuais escalas.

A entidade cobra da gestão uma solução imediata para não prejudicar ainda mais a população tocantinense que, mais uma vez, é a principal vítima dessa gestão instável e inoperante para encontrar soluções definitivas para uma área tão desgastada e fragilizada”.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.