Investigação da PF

Primo de Marcelo Miranda não coopera com a investigação e tem prisão prorrogada pela Justiça

Luciano é vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado

Por Redação 1.513
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04/10/2019 09h37 - Atualizado há 4 anos
Primo de Marcelo Miranda continua preso

O juiz João Paulo Abe, da 4ª Vara Federal Criminal de Palmas, prorrogou por mais três dias a prisão temporária de Luciano de Carvalho Rocha, primo do ex-governador Marcelo Miranda e apontado como 'testa-de-ferro' da Família Miranda no esquema de corrupção que teria desviado milhões de reais dos cofres do Governo do Tocantins.

A prorrogação foi deferida nesta quinta-feira (3) a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. O prazo é para que os investigadores concluam a análise dos documentos e mídias apreendidos em poder de Luciano e para que ele não atrapalhe as investigações.

A decisão cita que Luciano não está colaborando com as autoridades e foi apontado por Guilherme Costa de Oliveira, um dos laranjas do esquema, como sendo um operador de relevo da Família Miranda no ramo da construção civil, fazendo funcionar a empresa Construarte Construtora Eireli por meio de outras pessoas, sempre em benefício do núcleo familiar investigado e partilhando dos lucros das operações. A empresa teria sido beneficiada com contratos no valor de R$ 50 milhões.

Luciano é vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Tocantins – Sinduscon/TO.

Segundo a Justiça, Guilherme confirmou que Luciano e sua esposa eram sócios ocultos da empresa Construarte e seriam os responsáveis por ditar os rumos da construtora.

“São fortes os indícios de que LUCIANO DE CARVALHO ROCHA atuava como ‘testa de ferro’ de MARCELO MIRANDA na empresa WTE ENGENHARIA, que teria sido usada em um esquema de lavagem de capitais, consoante informações detalhadas no Relatório de Análise de Polícia Judiciária n° 008/2016”, afirma o juiz.

Com o depoimento de Guilherme, a PF reforçou a necessidade de realizar novas diligências em razão da ausência de cooperação do investigado.

Segundo a PF, foi constatado que os investigados atuaram e ainda atuam de forma constante e permanente na dissimulação e na ocultação de patrimônio auferido ilicitamente, uma vez que, foi apurada a existência de diversas empresas pertencentes à Família Miranda.

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