Movimentações políticas

Possível filiação de Bolsonaro ao PP pode favorecer Lázaro Botelho e tirar Kátia do partido

Botelho foi colega de Parlamento do hoje presidente da República.

Por Arnaldo Filho 1.397
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21/05/2021 16h55 - Atualizado há 2 anos
Bolsonaro analisa retorno ao PP para disputar reeleição em 2022

Em busca de um partido para disputar a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (20), que está "namorando" com o Progressistas (PP). Durante a inauguração de uma ponte ligando o Piauí ao Maranhão, o presidente revelou ter sido convidado pelo presidente da legenda, senador Ciro Nogueira, para se filiar e que não pretende se fazer de "difícil".

"Fui do PP por muito tempo. Ele não está apaixonado por mim, mas está me namorando, quer que eu retorne ao partido Progressistas. Quem sabe, se ele souber conversar, for bom de papo, quem sabe a gente volte. Não estou me fazendo de difícil, é um grande partido", disse.

Bolsonaro já foi filiado ao PP em dois períodos, em 2005 e 2016. Ele deixou a legenda porque não via espaço para concorrer à Presidência. A vantagem do Progressistas é a grande estrutura partidária e a capilaridade no país.

NO TOCANTINS

Caso se concretize o ‘namoro’ de Bolsonaro com o PP, haverá reflexos imediatos no comando do partido no Tocantins, atualmente nas mãos da senadora Kátia Abreu, que tem feito duras críticas ao presidente da República.

É totalmente improvável que Kátia e Bolsonaro fiquem juntos no mesmo partido! Não custa lembrar que a senadora foi até ministra da Agricultura no governo petista de Dilma Rousseff.

Por outro lado, a filiação de Bolsonaro ao PP pode exaltar novamente uma das principais personalidades do partido no Tocantins, o ex-deputado federal Lázaro Botelho, que foi colega de Parlamento do hoje presidente da República. Inclusive, os gabinetes eram vizinhos.

Botelho presidiu o Progressistas durante muitos anos, mas não conseguiu renovar seu mandato nas Eleições 2018 e perdeu o comando da sigla para a senadora Kátia Abreu no início do ano passado. Ele e a esposa, deputada estadual Valderez Castelo Branco, planejam sair do partido por fidelidade ao governador Mauro Carlesse (PSL), que é um possível adversário de Kátia na disputa ao Senado em 2022. Mas se a filiação de Bolsonaro se concretizar, o jogo deve mudar completamente e, que sabe, Lázaro Botelho reassumir a presidência do partido. É aguardar o resultado da 'paquera'!

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