<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Citado nas interceptações telefônicas da Polícia Federal que resultou na prisão do doleiro Fayed Antoine Traboul, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, por meio de sua assessoria, negou qualquer envolvimento com a quadrilha e prestou esclarecimentos. <br /> <br /> Segundo Ronaldo Dimas, no intervalo de tempo entre a sua eleição e a posse, foi procurado por diversas corretoras com propostas para aplicação dos recursos do IMPAR (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais), entre elas a corretora investigada [Invista] que foi visitada pelo prefeito, a convite e acompanhado pelo deputado federal Eduardo Gomes (PSDB) em Brasília.<br /> <br /> Conforme a assessoria, apesar da visita, o prefeito e os gestores do IMPAR optaram por aplicar os recursos apenas em fundos administrados por bancos oficiais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal e, no momento, estuda também, a proposta do Banco da Amazônia.<br /> <br /> O prefeito garantiu que não há nenhuma negociação entre a Prefeitura de Araguaína com as corretoras investigadas.<br /> <br /> <u><strong>Recursos do IMPAR</strong></u><br /> <br /> De acordo com a nota, o prefeito esclarece que os cerca de R$ 76 milhões que estão depositados no IMPAR e que pertencem aos servidores ativos e inativos de Araguaína estão protegidos e bem administrados e que a dívida das gestões anteriores com o Impar, de aproximadamente R$ 30 milhões, foi parcelada e vem sendo paga rigorosamente em dia.<br /> <br /> A nota afirma ainda que, “com isso, esta gestão assegura a todos os servidores uma aposentadoria justa e tranqüila aqueles que dedicaram suas vidas à evolução da cidade”.<br /> <br /> <u><strong>Entenda</strong></u><br /> <br /> Segundo documentos da Polícia Federal, o deputado do Tocantins, Eduardo Gomes, intermediou um encontro entre o prefeito e o doleiro Fayed onde a organização criminosa tentava seduzir o prefeito à aderir ao esquema de fraude em fundos de pensões municipais.<br /> <br /> Segundo as interceptações, o encontro ocorreu no dia 16 de outubro em Brasília. Conforme a PF, “a comissão ofertada para os prefeitos variam entre 2% e no máximo 3% do valor total das aplicações”.<br /> <br /> Segundo relatório do Ministério da Previdência, a Invista, empresa que Ronaldo Dimas visitou, sugeria aplicações em fundos que acabavam dando prejuízo ao município. “A Invista aparenta ser uma empresa legal no mercado, quando, na verdade, não possui existência formal, não tem CNPJ, nem registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”, diz o documento que deflagrou a operação Miqueias, da Polícia Federal.</span></div>