Os profissionais da educação decidiram continuar a greve no Estado do Tocantins para cobrar mais "dignidade e respeito" à categoria. A decisão foi tomada durante assembleia na tarde desta quinta-feira (03/11), no auditório da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM). Na ocasião, os profissionais avaliaram e definiram o rumo da greve que já se aproxima dos 90 dias. A categoria entendeu que o Governo do Estado tem ignorado o movimento grevista e tratado com descaso as negociações. A educação apontou ainda que o governo alega não ter condições de pagar a data-base e que anunciaria medidas de contenção de gastos, mas nada foi feito até o momento. Participaram da assembleia caravanas das doze regionais do Sindicado dos trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET).
Nova proposta A assembleia também deliberou uma nova proposta do pagamento da data-base, que foi protocolada nesta sexta-feira (04/10), no Palácio Araguaia. A proposta consiste no pagamento do índice 9,8307% da data-base 2016, sendo: 3% de implemento em janeiro de 2017; 3% de implemento em abril de 2017; 3,8307% de implemento em julho de 2017. Já os passivos dos anos de 2015 e 2016 deverão ser creditado aos servidores dentro do exercício de 2017. O presidente do Sintet, José Roque Santiago, espera um posicionamento rápido por parte do governo.
“Estamos caminhando para noventa dias de greve. É viável que o governo se preocupe com a situação, não há por que protelar uma reposta, chega de descaso com os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público desse Estado”, disse.
Ato público No inicio da manhã de quinta-feira (03) também foi realizado um ato público pela Educação. Os grevistas se organizaram próximo ao Colégio São Francisco, em Palmas, e logo após percorreram a Avenida JK em protesto até ao Palácio Araguaia, onde realizaram um manifesto cobrando atenção do governo. Após a caminhada, a categoria ocupou a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por cerca de quatro horas e almoçaram nos corredores da secretaria. Os manifestantes só desocuparam o prédio por volta das 14 horas, quando se deslocaram para o local da assembleia. Os próximos atos estão marcados para o dia 11 e 25 de novembro, com movimentos de paralisação e greve geral que serão realizados em todo país.
(Sintet).