<span style="font-size:14px;">Professores e membros da comunidade de Cristalândia, a 175 km de Palmas, percorreram as ruas da cidade na quarta-feira (20) para protestar. Eles pedem que a gestão municipal cumpra os acordos firmados com os educadores no ano passado, quando a prefeitura prometeu efetivar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Os professores da rede municipal estão em greve há 21 dias.<br /> <br /> Segundo uma professora, que preferiu não se identificar, há servidores que estão com salários defasados. <em>"Alguns professores têm salários incompatíveis com o piso salarial"</em>. Relatou.<br /> <br /> Além disso, ela reclamou que a classe não está recebendo a gratificação, que faltam materiais didáticos nas escolas e que os alunos estão sem uniformes há dois anos.<br /> <br /> Ao todo, 30 professores estão à espera de uma negociação com a prefeitura e afirmaram que só voltam para a salas de aula quando tiverem as reivindicações atendidas. Com a greve, 473 alunos da Escola Dom Jaime e mais 130 da creche municipal estão sem aula.<br /> <br /> O diretor de Assuntos Municipais do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), Joelson Pereira, disse que, em novembro do ano passado, durante uma negociação entre prefeitura e professores, a gestão prometeu aprovar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários em março deste ano.<br /> <br /> O prefeito de Cristalândia, Wilson Júnior Carvalho de Oliveira, disse que o município não tem recursos. <em>"Como eu posso fazer acordo se eu não tenho como cumprir? Nós já demos 29% de aumento em quatro meses para os professores, a prefeitura não tem mais dinheiro"</em>. Disse o prefeito.<br /> <br /> Ainda segundo o prefeito, esta é uma greve política e que nas escolas não faltam materiais. <em>"Nós estamos mobiliando as unidades, colocando ar-condicionado, os uniformes vão ser entregues agora, já estão prontos. Não foram feitos antes porque não tínhamos dinheiro"</em>, disse ele.<br /> <br /> O Sintet rebateu as afirmações do prefeito. <em>“Nós fizemos um estudo e constatamos que a prefeitura tem recursos e a aprovação do plano de carreiras não excederá o limite prudencial da folha de pagamento, portanto eles têm condições de cumprir o acordo"</em>, disse Joelson Pereira. (Com informações do G1 Tocantins)</span>