Apenas três empresas doaram 64 milhões a Marina, Dilma e Aécio

Por Redação AF
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05/09/2014 08h06 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">A Construtora OAS, o frigor&iacute;fico JBS e a Construtora Andrade Gutierrez s&atilde;o os tr&ecirc;s principais financiadores da campanha at&eacute; o momento, de acordo com a segunda presta&ccedil;&atilde;o parcial de contas apresentada pelos candidatos &agrave; Justi&ccedil;a Eleitoral. Juntas, as tr&ecirc;s empresas doaram quase R$ 64 milh&otilde;es, 39% do total de recursos que entrou na contabilidade oficial dos tr&ecirc;s principais concorrentes ao Planalto.<br /> <br /> As doa&ccedil;&otilde;es das tr&ecirc;s maiores beneficiaram principalmente a presidente Dilma Rousseff (PT), que disparou no ranking de arrecada&ccedil;&atilde;o. Depois de sair atr&aacute;s de A&eacute;cio Neves (PSDB) no primeiro m&ecirc;s de campanha, ela se recuperou na segunda parcial da presta&ccedil;&atilde;o de contas, cujo prazo para entrega se esgotou na ter&ccedil;a-feira. No total, a petista j&aacute; arrecadou R$ 123,6 milh&otilde;es at&eacute; agora &ndash; cerca de cinco vezes o valor declarado pelas contas da campanha presidencial do PSB, partido de Marina Silva, sua principal advers&aacute;ria.<br /> <br /> Dilma arrecadou sozinha mais da metade dos cerca de R$ 200 milh&otilde;es declarados por todos os presidenci&aacute;veis nas duas parciais entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes das elei&ccedil;&otilde;es. Em segundo lugar vem A&eacute;cio, com R$ 44,5 milh&otilde;es. Marina Silva ainda n&atilde;o tem registros de doa&ccedil;&otilde;es em seu nome, pois sua candidatura ainda precisa ser deferida pelo TSE. O total arrecadado na conta do ex-candidato do PSB Eduardo Campos e em seu comit&ecirc; chega at&eacute; agora a R$ 24 milh&otilde;es.<br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/DoacoesDeCampanha.jpg" style="width: 600px; height: 547px;" /><br /> A OAS &eacute; a l&iacute;der no ranking de doa&ccedil;&otilde;es, com R$ 26,1 milh&otilde;es repassados nos tr&ecirc;s primeiros meses de campanha. A principal benefici&aacute;ria foi Dilma, que recebeu 77% do total. O JBS vem logo a seguir, com R$ 26 milh&otilde;es (a conta incluiu a Flora Produtos de Higiene e Limpeza, outra empresa do grupo). A Andrade Gutierrez doou R$ 11,8 milh&otilde;es.<br /> <br /> Os dados foram calculados em parceria com a Transpar&ecirc;ncia Brasil, com base nos registros cont&aacute;beis apresentados pelas campanhas &agrave; Justi&ccedil;a Eleitoral. Foram levadas em considera&ccedil;&atilde;o todas as doa&ccedil;&otilde;es nas contas da campanha de cada candidato e do comit&ecirc; para presidente, al&eacute;m do dinheiro que saiu das dire&ccedil;&otilde;es nacionais dos partidos para essas duas contas.<br /> <br /> Segundo o diretor executivo da Transpar&ecirc;ncia Brasil, Claudio Weber Abramo, o valor parcial das doa&ccedil;&otilde;es aos candidatos a presidente neste ano j&aacute; se aproxima do que foi doado ao longo de toda a elei&ccedil;&atilde;o de 2010, incluindo o segundo turno &ndash; quando os valores s&atilde;o corrigidos para eliminar o efeito da infla&ccedil;&atilde;o. Se as doa&ccedil;&otilde;es continuarem nesse ritmo, 2014 ter&aacute; uma campanha ainda mais cara do que a anterior. &Eacute; uma tend&ecirc;ncia que se repete desde 2002.<br /> Uma parte do aumento das doa&ccedil;&otilde;es pode ser creditada &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o do caixa 2 e &agrave; maior efic&aacute;cia dos mecanismos de controle, diz Abramo. Mas outra parte &eacute; aumento de custos.<br /> <br /> <u><strong>Balan&ccedil;o</strong></u><br /> <br /> A reportagem constatou diversas inconsist&ecirc;ncias na contabilidade do PSB. Na conta da dire&ccedil;&atilde;o nacional do partido, por exemplo, h&aacute; registro de repasses para a conta do comit&ecirc; de Eduardo Campos, mas estes n&atilde;o aparecem como receita na contabilidade do mesmo comit&ecirc;. Tamb&eacute;m acontece o contr&aacute;rio: na conta do comit&ecirc; aparecem repasses vindos do partido, mas estes n&atilde;o est&atilde;o na contabilidade da legenda. Ainda assim, o Estado conseguiu mapear todas as doa&ccedil;&otilde;es de pessoas f&iacute;sicas e jur&iacute;dicas.<br /> <br /> Al&eacute;m dos recursos que j&aacute; ca&iacute;ram nas contas de candidatos e comit&ecirc;s, os tr&ecirc;s partidos ainda t&ecirc;m dinheiro em caixa, que pode ou n&atilde;o ser repassado para as campanhas presidenciais. O PT tem R$ 2 milh&otilde;es, diferen&ccedil;a entre os R$ 66,5 milh&otilde;es que recebeu em doa&ccedil;&otilde;es e os R$ 64,5 milh&otilde;es que distribuiu a diversas campanhas &ndash; principalmente aos candidatos a governador do partido. O PSDB est&aacute; com uma sobra de caixa ainda maior: R$ 4,4 milh&otilde;es. O PSB, por sua vez, disp&otilde;e de R$ 2,6 milh&otilde;es para distribuir entre seus candidatos.</span><br /> <br />
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