A Polícia Civil indiciou a médica
Rosângela Maria da Silva por crime de homicídio culposo e o médico
Sebastião Lacerda Lopes Júnior por homicídio culposo e falsidade ideológica no caso envolvendo a morte de um recém-nascido, ocorrido no dia 15 de abril de 2018, em Palmas. O inquérito foi concluído nesta quinta-feira (03) pela 3° Delegacia de Gurupi e apontou que a morte da criança ocorreu em virtude de um somatório de erros que poderiam ter sido evitados pelos médicos, caso adotassem todos os meios possíveis para evitar o resultado ou diminuir suas consequências. A polícia informou que a justiça já aceitou a denúncia e os acusados serão citados para que possam responder as acusações. Consta no inquérito que a criança nasceu em um hospital da Unimed, em Gurupi, mas foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva daquela unidade em razão de complicações de saúde. Na UTI, a criança ficou sob os cuidados da médica
Rosângela Maria da Silveira. No entanto, mesmo com raio-X que indicava um pneumotórax, o diagnóstico somente ocorreu no dia seguinte, resultando em significativa piora no quadro clínico. Em decorrência, o recém-nascido foi encaminhado a Palmas através de uma UTI Móvel da empresa Unicare, sob os cuidados do médico
Sebastião Lacerda Lopes Júnior. Durante a remoção, familiares relataram que não foi mantida saturação de oxigênio suficiente na criança, a qual deu entrada no Hospital Dona Regina com sinais vitais extremamente baixos, vindo a óbito no dia seguinte. Segundo as investigações, ocorreu adulteração criminosa na ficha de remoção do paciente da UTI Móvel da Unicare, visando alterar os índices de saturação de oxigênio de 60% para 80%. A fraude foi comprovada pela perícia, segundo a Polícia Civil.