Tragédia

Policial é morto ao impedir briga em Colmeia; Militar foi desarmado e atingido por disparo da própria arma

Por Mara Santos
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03/04/2016 11h51 - Atualizado há 5 anos
O sargento da Polícia Militar (PM) Paulo Pereira da Silva, de 38 anos, foi morto com um tiro na cabeça, na madrugada deste domingo (03/04), ao tentar impedir uma briga numa praça pública da cidade de Colmeia, região Noroeste do Tocantins, a 213 quilômetros de Palmas. Outro policial, identificado como o sargento Josafá Ferreira de Araújo, também ficou ferido e foi encaminhado ao Hospital Geral de Palmas (HGP). As informações são de que os policiais foram acionados porque no local, conhecido como um ponto de concentração de usuários de drogas, estaria acontecendo uma discussão. Ao chegar à praça, o sargento Paulo teria abordado e algemado um dos envolvidos na confusão. O grupo, de cerca de 15 pessoas, investiu contra os dois policiais, que foram cercados e acabaram sendo desarmados e atingidos por disparos que partiram das próprias armas. O homem algemado aproveitou para fugir. As armas foram localizadas horas depois. A do sargento Josafá estava em um lote baldio e a do sargento Paulo estava na casa de um adolescente, que foi apreendido. Dois suspeitos teriam sido identificados e encontram-se presos na delegacia de Colméia. Testemunhas ainda devem ser ouvidas. Sargento Paulo ingressou na corporação no ano de 1998, atualmente servia no 7º Batalhão, era casado e tinha dois filhos. Segundo os colegas, era muito querido por todos e sempre se dedicou à profissão com muito amor e zelo no cumprimento da missão de proteger a sociedade. Na última sexta-feira (1/04), o soldado Ivan Borges de Lima morreu ao reagir a um assalto em Palmas. Em nota, o Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins, coronel Glauber de Oliveira Santos, se declarou consternado com as tragédias ocorridas em Palmas e Colméia, e declarou luto oficial por três dias no âmbito da corporação pelas mortes dos dois policiais. Desabafo de policial Um subtenente da PM desabafou ao comentar a morte dos dois colegas. "Nossa realidade é triste, sem efetivo, sem estrutura, sem valorização e sem apoio até constitucional. Estamos lutando uma luta injusta, onde estamos muito aquém de nossos inimigos. Na verdade não conseguimos mais proporcionar o mínimo de segurança à sociedade. Até porque nem nós estamos seguros. Tem que haver um clamor popular para mudar esse quadro caótico de nosso Estado, em especial Araguaína", desabafou o policial. Suspeitos da morte do Sgt. Paulo Pereira da Silva, em Colméia

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