Goiatins

Prefeito preso pede prorrogação de licença por interesse particular por mais 30 dias

Por Redação AF
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13/09/2016 08h49 - Atualizado há 5 anos
Estava previsto para ocorrer na última quinta-feira (8/9) mais uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Goiatins (TO) onde seria votada um pedido de prorrogação da licença por interesse particular, por mais 30 dias, concedida ao prefeito Vinicius Donnover (PSC), que está preso desde o dia 27 de julho. A licença é uma manobra para que o gestor não perda o cargo em razão do afastamento do Município. A sessão não ocorreu após a aglomeração de populares em frente à Câmara, que são contrários à manobra, bem como devido à presença da imprensa. O presidente da Câmara, José Américo, que havia convocado a sessão extraordinária, não compareceu para prestar esclarecimentos. Donnover está recolhido no presídio Barra da Grota, em Araguaína, após ter sido preso na Operação Bagration da Polícia Federal suspeito de integrar uma organização criminosa que atuava no desvio de recursos públicos que causou prejuízos aos cofres da União de aproximadamente R$ 10 milhões, através de fraudes em contracheques e empréstimos consignados. Dos 13 que foram presos, incluindo secretários, vereador e primeira-dama, apenas o prefeito continua encarcerado. No último dia 11 de agosto, a Câmara já havia aprovado, por 3 votos a 2, a primeira licença por até 30 dias. Votaram favoráveis os vereadores Paulo César, Karcer Ribeiro e Cláudio Cruz.  O presidente, José Américo, aliado do prefeito, só votaria em caso de empate. Os contrários foram Rubens Araújo e Domingos Gonçalves. Operação A Operação Bagration, da Polícia Federal, prendeu 13 pessoas com o objetivo desarticular uma organização criminosa instalada na prefeitura de Goiatins (TO). A PF estima que os prejuízos aos cofres públicos sejam de cerca de R$ 10 milhões. De acordo com a PF, as investigações começaram em 2015. O grupo atuava em um esquema de fraudes em contracheques de servidores para fins de contratação de empréstimos consignados. No decorrer das investigações, foram constatados diversos outros crimes praticados pela organização, como desvio de recursos públicos, crimes eleitorais, fraudes em licitações, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ao todo, cerca de 110 policiais federais deram cumprimento a 60 mandados judiciais no Tocantins e Maranhão. Desse total, 9 eram de prisão preventiva, 4 de prisão temporária, 17 de busca e apreensão, 28 de condução coercitiva, 12 de arresto de bens e imóveis e bloqueio de ativos e 6 de sequestro de gado, em Araguaína, Goiatins, Guaraí, Itacajá, Palmas e Carolina (MA), no povoado de Helenópolis.

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