Política

Presidente em exercício do PMDB encaminha pedido de expulsão de Kátia Abreu por "desobediência"

Por Agnaldo Araujo
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07/04/2016 15h55 - Atualizado há 5 anos
O presidente em exercício do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), pediu à Comissão de Ética do partido que examine os pedidos de expulsão da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, por "desobediência às decisões do Diretório e da Convenção Nacional do PMDB". Os ministros resistem a entregar seus cargos, a despeito da decisão da cúpula partidária de romper com o governo Dilma e apoiar o impeachment da petista. Em seu despacho, Jucá pediu que os casos sejam analisados “com a maior rapidez possível para a satisfação da base partidária e dos representados”. Com isso, os dois se juntam ao ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes, que responde a processo interno desde o último dia 17. Naquela data, estava em vigor uma resolução do PMDB que proibia filiados de aceitarem cargos no governo. O partido ainda tem outros três ministros: Marcelo Castro (Saúde), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Helder Barbalho (Portos). A expulsão de Kátia Abreu foi solicitada pelo diretório da Bahia, comandado pelo ex-deputado Geddel Vieira Lima. Já Celso Pansera é alvo de representações das representações do PMDB no Espírito Santo, no Acre e em Sergipe. “Quando me filiei foi a convite do Michel, Renan, Sarney e tantos outros amigos. Me garantiram que eu era bem-vinda e que seria bem recebida. Não procurei nenhum partido para me filiar. Recebi convites honrosos mas meu partido é o PMDB. Pretendo aqui continuar”, escreveu a ministra na última segunda-feira (04/04) nas redes sociais, após ser alvo do processo de expulsão. Amiga e conselheira da presidente Dilma, Kátia  Abreu afirma que não deixará a legenda nem o governo. Jucá assumiu o comando do partido no último dia 04 de abril, depois que o presidente da legenda, Michel Temer, pediu licença para que o senador pudesse fazer a defesa dos “ataques” que o partido vem sofrendo. O vice-presidente da República é acusado por petistas de tramar o impeachment da presidente Dilma para assumir a Presidência. Ele nega qualquer articulação nesse sentido. (Congresso em Foco)

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