Crise na saúde

Profissionais de enfermagem aprovam nova greve no Tocantins e categoria desabafa: "não somos palhaços"

Por Redação AF
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29/01/2016 09h13 - Atualizado há 5 anos
Os profissionais da enfermagem do Estado do Tocantins aprovaram o início do movimento grevista na rede estadual de saúde, por tempo indeterminado, a partir do dia 2 de fevereiro de 2016. Os servidores da rede pública de saúde já estão de braços cruzados há quase 50 dias no Estado. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada pelo Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins (Seet), nesta quinta-feira (28), simultaneamente nas cidades de Palmas, Araguaína e Gurupi. Em Palmas mais de 200 profissionais compareceram a assembleia que decidiu por unanimidade pela deflagração do movimento. Ainda nesta sexta-feira (29) a Diretoria do SEET fará a notificação aos órgãos competentes da decisão da categoria. Conforme o Sindicato, as principais reivindicações dos profissionais da enfermagem são o pagamento dos retroativos do adicional noturno e insalubridade, em atraso, o cumprimento dos termos do acordo relacionado aos retroativos das progressões e passivo da data-base, pagamento dos plantões extras, gratificação de urgência e emergência e adicional noturno, além de melhores condições de trabalho e regulamentação e readequação do repouso da enfermagem. Para o presidente do SEET, Claudean Pereira Lima, o posicionamento da categoria é reflexo da falta de diálogo da gestão. “Estamos desde setembro do ano passado tentando renegociar o pagamento destes direitos para os profissionais, sem contar que este governo insiste em descumprir com os acordos feitos com os profissionais, não somos palhaços para que a gestão se reúna conosco apresente uma proposta para os colegas recuarem e no dia de cumprir com a sua parte ele solte uma nota afirmando que não existe recurso financeiro para pagar! A categoria não aguenta mais! E agora só recuaremos quando os nossos direitos forem pagos a cada pai de família que vem passando necessidades por causa desta falta de compromisso do atual governo”, disparou Claudean Pereira. Entenda Em março de 2015, os profissionais de enfermagem realizaram uma paralisação de 24 horas, que se estendeu por 36 horas para cobrar do governo o pagamento dos retroativos do adicional noturno, progressões e insalubridade, além de condições de trabalho e pagamento da data-base. Com a greve, o governo do Estado apresentou uma proposta para a categoria destas demandas, que foi oficializada em julho de 2015, contudo o governo do Estado descumpriu com o acordo firmado com os profissionais e ainda deixou de pagar outros direitos da categoria. Assim, no dia 04 de dezembro de 2015, foi realizada uma assembleia para deliberação sobre o descumprimento do acordo em que ficou decidido uma manifestação para o dia 15 de dezembro em que, na ocasião, a categoria participou de uma caminhada até a porta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Como o governo em nenhum momento se mostrou interessado em negociar com a categoria, o SEET convocou os profissionais para uma nova assembleia, realizada nesta quinta-feira, 28, que deliberou pela greve.

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