Submarino Titan

Guarda Costeira dos EUA divulga última mensagem enviada pelo submarino que implodiu; veja

A implosão do submarino Titan, ocorrida no ano passado, gerou grande comoção ao redor do mundo.

Por Nicole Almeida
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17/09/2024 10h08 - Atualizado há 3 horas
Guarda Costeira dos EUA divulga última mensagem enviada pelo submarino que implodiu a caminho do Tit

A Guarda Costeira dos Estados Unidos revelou, pela primeira vez, a última mensagem enviada pelos tripulantes do submarino Titan antes de sua implosão durante uma expedição aos destroços do Titanic. "Está tudo bem aqui", foram as últimas palavras transmitidas pelo comandante do submarino. A comunicação foi interrompida logo após essa mensagem, segundo autoridades presentes em uma audiência pública realizada nesta segunda-feira (16).

Investigações da Guarda Costeira seguem em andamento

A implosão do submarino Titan, ocorrida no ano passado, gerou grande comoção ao redor do mundo. Desde então, a Guarda Costeira dos EUA lidera as investigações para entender o que levou ao acidente. Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a instituição deu início a uma semana de audiências públicas com o objetivo de divulgar detalhes sobre as descobertas até o momento.

De acordo com a Guarda Costeira, o Titan não passou por revisões técnicas externas antes da expedição fatal. O submarino foi construído e operado pela empresa OceanGate, mas nunca foi submetido a inspeções por especialistas independentes. Além disso, autoridades revelaram que o Titan havia sido armazenado sob condições climáticas adversas por meses, o que pode ter comprometido a integridade de seu casco.

A última comunicação do Titan

A última frase "Está tudo bem aqui" foi enviada pelo comandante do submarino através de um sistema de comunicação entre a tripulação e a equipe de apoio no navio em alto-mar. Logo após essa comunicação, o contato com o Titan foi perdido. Alguns dias depois, as equipes de busca localizaram destroços do submarino a cerca de 3.600 metros de profundidade no oceano. A implosão resultou na morte de cinco tripulantes, incluindo o CEO da OceanGate e bilionários que participavam da expedição.

Questões sobre falhas e sinais de alerta

Até hoje, os investigadores continuam a questionar se os tripulantes do submarino Titan estavam cientes de problemas antes da implosão. Durante as buscas, sondas registraram ruídos que levantaram a hipótese de que poderiam ser sinais de socorro vindos de dentro do submarino. No entanto, essa teoria nunca foi comprovada, e a maioria dos especialistas acredita que as falhas não foram percebidas antes do acidente.

O diretor de investigações da Guarda Costeira dos EUA, Jason Neubauer, declarou: "Não há palavras para aliviar a perda sofrida pelas famílias impactadas por este trágico incidente, mas esperamos que esta audiência ajude a lançar luz sobre a causa da tragédia e evitar que algo assim aconteça novamente". Neubauer reforçou que, ao fim das audiências, será elaborado um relatório com as conclusões do inquérito e recomendações de segurança ao governo dos EUA.

Reflexões sobre o incidente e suas implicações

A tragédia envolvendo o Titan traz à tona questões importantes sobre a segurança em expedições submarinas, especialmente em ambientes extremos como as profundezas onde se encontram os destroços do Titanic. A falta de inspeções técnicas por especialistas externos e as condições de armazenamento do submarino suscitam dúvidas sobre a operação e manutenção de veículos submersíveis voltados para o turismo de alto risco.

O inquérito da Guarda Costeira tem o potencial de mudar os protocolos de segurança para futuras explorações subaquáticas, garantindo que acidentes como esse sejam evitados no futuro. Para muitos, a revelação da última mensagem dos tripulantes não apenas intensifica a tragédia, mas também desperta um profundo questionamento sobre a responsabilidade das empresas e autoridades envolvidas.

Fonte: G1

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