Prática integrativa é um recurso frequente para entreter crianças.
A musicoterapia tem contribuído para a realização de procedimentos médicos como ultrassons, ecocardiogramas e eletrocardiogramas para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Geralmente, a equipe de plantão percebe a necessidade de alguns pacientes, como é o caso do público infantil, crianças com autismo ou pacientes que sintam medo ou nervosismo e usam a musicoterapia como técnica para ajudar na realização dos procedimentos.
De acordo com a técnica em enfermagem, Elisvane Alves da Silva Dionísio, a utilização de músicas tem ajudado a acalmar os pacientes no momento da realização dos exames. “Quando o paciente chega muito nervoso para o procedimento eu pergunto se ele gosta de música, se tem um estilo preferido e costumo escolher músicas da preferência do paciente ou mais suaves e calmas, que ajudam a relaxar.”
O médico cardiologista Márcio Brito reforça a importância da música para a qualidade do procedimento. “A música tem todo um papel lúdico com as crianças, ajuda a acalmar e distrair, e, assim, a gente consegue fazer o exame de forma mais calma. Isso ajuda na obtenção de melhores imagens e consequentemente contribui para a qualidade do exame”, destaca. O profissional também destaca outros métodos que são utilizados para acalmar e para distrair a criança, “utilizamos luzes na sala, fantoches, brinquedos e até mesmo o paladar.”
Além disso, a musicoterapia contribui para evitar a sedação nos pacientes. “A sedação tem pequenos riscos, porém eles existem. Por isso, a gente faz de tudo para não sedar o paciente. Então, a música também auxilia nisso”, reforça Márcio.
Esse tipo de iniciativa já rendeu muitos elogios dos pacientes do HDT-UFT. Recentemente, a ouvidoria do hospital recebeu um elogio de uma usuária do SUS que estava com medo de fazer os exames de ultrassom. Segundo a paciente, “a técnica em enfermagem, Elisvane Dionísio, a acalmou, ofereceu água e utilizou a música, o que a tranquilizou e permitiu a realização dos exames com sucesso.”
Sobre a musicoterapia
A musicoterapia é a utilização da música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) como forma de facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no intuito de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
No Brasil, a musicoterapia compõe o rol das Práticas Integrativas e Complementares em saúde. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituída por meio da Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006, e ampliada a partir das portarias 849 de 2017 e 702 de 2018.
Nos hospitais, a prática é utilizada como forma de humanização, além de atuar na internação pediátrica, na oncologia e mesmo em situações de pré e pós-operatório.
No caso da musicoterapia, ela promove diversos benefícios, dentre eles, relaxamento, conforto e prazer no convívio social, facilitando o diálogo entre os indivíduos e profissionais.
Sobre a Ebserh
O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.