Guerra

Israel lança grande operação militar na Cisjordânia; nove palestinos são mortos

A Cisjordânia está sob ocupação israelense desde 1967, quando foi tomada da Jordânia.

Por Nicole Almeida
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28/08/2024 10h34 - Atualizado há 1 dia

Israel lançou uma grande operação militar na manhã desta quarta-feira (28) em várias áreas do norte da Cisjordânia ocupada. O foco desta operação são os campos de refugiados nas cidades de Jenin e Tulkarem. Segundo autoridades de saúde palestinas, pelo menos nove pessoas foram mortas durante a ação.

Operação antiterrorista em Jenin e Tulkarem

O foco da operação israelense é combater infraestruturas associadas a células terroristas. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) têm concentrado suas ações nos campos de refugiados de Jenin e Tulkarem. Katz mencionou, em uma publicação no X, que “as IDF têm operado desde esta noite com grande força nos campos de refugiados de Jenin e Tul Karm para impedir as infraestruturas terroristas islâmicas-iranianas instaladas lá”.

Descrição da operação militar

A operação militar de Israel é descrita como uma das mais significativas realizadas recentemente. Drones e escavadeiras foram utilizados, acompanhados por quatro batalhões da Polícia de Fronteira de Israel e uma unidade de elite de tropas secretas. Imagens divulgadas mostram escavadeiras destruindo ruas em Tulkarem e avançando em Jenin, enquanto ataques aéreos visaram o campo de refugiados Nur Shams, perto de Tulkarem.

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Reações e impacto humanitário

O impacto humanitário da operação é significativo. A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) relatou mortes em Tubas e Jenin, incluindo pelo menos dois mortos por fogo militar israelense e três por um ataque de drone. A PRCS também informou que uma pessoa ficou gravemente ferida. O Ministério da Saúde palestino denunciou que as forças israelenses bloquearam o acesso ao hospital governamental em Jenin, comprometendo o tratamento de pacientes e ameaçando a vida de moradores e equipe médica.

Acontecimentos e reações dos grupos militantes

A Jihad Islâmica condenou a operação israelense como uma “agressão abrangente” e uma “guerra aberta e não declarada”. O grupo afirmou ter abatido um drone israelense e intensificado seus ataques contra as forças israelenses. O Hamas, por sua vez, pediu uma “mobilização geral” contra a ocupação, acusando Israel de “destruição deliberada” e uso excessivo da força militar.

Contexto histórico e atual

A Cisjordânia está sob ocupação israelense desde 1967, quando foi tomada da Jordânia. Ao longo dos anos, Israel expandiu assentamentos na região, considerados ilegais pelo direito internacional. A atual guerra com o Hamas em Gaza, iniciada após os ataques de 7 de outubro, tem se expandido para a Cisjordânia, aumentando a violência e os confrontos na área.

Questões para reflexão

A crescente violência na Cisjordânia e a intensidade das operações militares levantam questões sobre a eficácia das estratégias de segurança e o impacto humanitário. A operação israelense, com seu foco em estruturas terroristas, reflete uma abordagem mais agressiva que pode ter implicações duradouras para a região. Até que ponto essas ações são eficazes para garantir a segurança sem causar danos colaterais significativos? O que pode ser feito para reduzir o sofrimento da população civil enquanto se enfrenta ameaças terroristas?

Fonte: CNN

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