'Bem Estar'

Jornalista Mariana Ferrão usou redes sociais para se recuperar de depressão pós-parto

A jornalista disse que dava, recebia conselhos e ainda descobriu que estava ajudando outra mães.

Por Gláucia Peixoto 703
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25/09/2018 09h18 - Atualizado há 6 anos
Mariana Ferrão no 'Bem Estar'

Dona de um dos sorrisos e audiência importante nas manhãs da TV Globo, a jornalista Mariana Ferrão está em ótimo momento profissional, contudo a apresentadora do ‘Bem estar’ não esteve tão bem após o nascimento do desejado filho Miguel.

A apresentadora conta que se sentia muito só e em relação às dúvidas e conflitos do início da maternidade que exige muito da mãe, geralmente bem mais do que aquilo que de fato ela esperava, pois são muitas as perguntas e grande parte das respostas só são captadas com o passar do tempo e acúmulo de experiências entre mãe e filho.

Nesses casos é muito comum o sentimento de frustação e incapacidade. Quando então muitas novas, as mães sentem que sua realidade não corresponde ao que ela ou a sociedade idealizou

Segundo especialistas, a depressão pós-parto é, muitas vezes, resultante da dura cobrança exercida pela sociedade sobre a mulher ou mesmo o resultado de uma gravidez vivida de modo excessivamente romantizada ou idealizada, onde tudo tem a finalidade de ser lindo, perfeito e prazeroso.

Foi assim que Mariana decidiu compartilhar sua tristeza e insegurança com outras mães em redes sociais e encontrar histórias semelhantes a sua.

Comecei a escrever para desabafar o que estava sentindo com grupos de mãe e foi ai que minhas redes sociais começaram a crescer. Percebi, nessa época, que estava sendo ajudada enquanto também ajudava outras pessoas”, diz Mariana.

Muita gente acha que só porque você trabalha na Globo não tem problemas e a vida não é assim. Faço questão de dizer que sou igual a qualquer outra pessoa que está aí, com problemas para enfrentar,” completa.

Ao lembrar das conversas com os grupos de mães, Mariana diz que dava e recebia conselhos e aprendeu ainda a lidar com o fato de não poder contar com a mãe, que morreu há 20 anos, para ajudar nessa fase difícil.

 A psicóloga e coach Thais Silva, especialista em relações humanas, avalia como positiva a interação de mães em redes sociais especializadas em oferecer ajuda nestes casos  e afirma que essa conexão de mulheres pode ajudar a trazer mais confiança às mães que sofrem com a depressão pós-parto.

Contudo, a profissional também alerta para a exposição excessiva da própria vida e que a mãe pode até sentir-se ainda mais depressiva. Em tais casos, a melhor solução é procurar ajuda profissional.

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