“Todos nós estamos no mesmo barco” pronunciou o Papa ao pedir vacinação para todos.
Mesmo com o fechamento do Vaticano para visitas, devido ao lockdown estabelecido na Itália em função do coronavírus, o Papa Francisco fez o tradicional pronunciamento de natal, transmitido para o mundo todo.
O foco do discurso do pontífice foi a "necessidade de fraternidade" nesse período de pandemia. Também houve o pedido de proteção e apoio “às mulheres que nestes meses de confinamento sofreram violências domésticas”.
O Papa disse não se referir a uma fraternidade feita de ideais, mas baseada em um “amor real, capaz de compadecer-me dos sofrimentos alheios, mesmo que o outro não seja da minha família, da minha etnia, da minha religião”, afirmou.
“Que o filho de Deus renove nos dirigentes políticos e governamentais um espírito de cooperação internacional, a começar pela Saúde, para que todos tenham acesso a vacinas e tratamento", pontuou o Papa, se dirigindo às lideranças políticas atuais.
Francisco mandou um recado especial às pessoas mais afetadas pela crise sanitária e seus desdobramentos, as pessoas mais frágeis, os doentes, os desempregados e todos aqueles que estão vivendo dificuldades por consequência da crise econômica que afeta do mundo.
O Papa também fez votos especiais de esperança às Américas, já que os continentes foram os mais afetados pelo Coronavírus, “que exacerbou os sofrimentos que o oprimem [todo o continente], e agrava as consequências da corrupção e do narcotráfico”. Francisco ressaltou as tensões sociais vividas no Chile e na Venezuela.
O Pontífice destacou também a crise ecológica,que desencadeou em impactos sem precedentes, sobretudo as queimadas na Amazônia e no Pantanal ou ainda no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
"Neste momento da história, marcado pela crise ecológica e pelos graves desequilíbrios econômicos e sociais, agravados pela pandemia de Coronavírus, precisamos mais do que nunca da fraternidade", concluiu.
(Com informações da AFP e Vatican News)