'Intramuros'

Megaoperação prende 60 criminosos e principais líderes de facção no Tocantins

Grande parte dos alvos já cumpriam penas por outros crimes em presídios do Estado.

Por Redação 8.082
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16/04/2019 08h08 - Atualizado há 5 anos
Operação da Polícia Civil

A operação 'Intramuros' prendeu 60 criminosos no Tocantins, Pará, Goiás e Piauí nessa segunda-feira (15), além da apreensão de drogas e armas de fogo.

Grande parte dos alvos já cumpriam penas por outros crimes nos principais estabelecimentos prisionais do Tocantins. Para a Polícia Civil, esta é a maior operação de combate ao crime organizado do Estado, exigindo seis meses investigações e a participação de 300 agentes.

Segundo o delegado Eduardo de Menezes, responsável pela operação, as investigações iniciaram em outubro de 2018 após uma tentativa de homicídio no pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Paraíso.

"Aprofundamos as investigações a partir da ação realizada pelos técnicos em defesa social da unidade prisional para  impedir a execução de preso, membro de facção de renome nacional, segregado em um das celas do referido pavilhão. A coleta de informações realizada pela Polícia Civil para esclarecer as causas do atentado contra a vida do preso culminou na construção de rico acervo probatório, o qual delineia com exatidão toda dinâmica criminosa da facção, em especial a engrenagem montada por seus membros para o alcance de sucesso na consumação de homicídios, roubos, entre outros crimes praticados em caráter secundário com o objetivo de garantir a execução de sua principal atividade, o tráfico de drogas", ressaltou.

Durante o período de investigações, a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC de Paraíso) conseguiu ainda esclarecer três homicídios, um ocorrido em Paraíso e outros dois em Palmas, ambos em setembro do ano passado.

"Gerais"

De acordo com a DEIC de Paraíso, chamou atenção durante o período de investigação o estágio avançado de organização que o grupo criminoso alcançou desde sua fundação, ainda na década de 90.

Prova disso é sua estruturação em diversos cargos com funções específicas. As principais lideranças atuantes no Tocantins, os chamados ‘Gerais’, foram presos na operação.

Entre os mais importantes estão o ‘Geral’ do Estado, o ‘Geral’ do Interior, o ‘Geral’ de Palmas, o ‘Geral’ da Zona Norte de Palmas, o ‘Geral’ de Araguaína, o ‘Geral’ de Paraíso, o ‘Geral’ de Lagoa da Confusão, o ‘Geral’ de Porto Nacional, ‘Geral’ de Colinas, entre outros.

Contas

As investigações identificaram também que parentes dos faccionados realizaram aberturas de acessos bancários onde os valores das comercializações seriam depositados naquelas contas. Quatro contas bancárias utilizadas para movimentar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas foram bloqueadas.

Cidades

No Tocantins, os criminosos foram presos nas cidades de Paraíso, Palmas, Barrolândia, Lagoa da Confusão, Marianópolis, Chapada de Areia, Cariri, Porto Nacional, Araguaína, Colinas, Guaraí e Tupirama.

Em Goiás, a os investigados foram presos em aparecida de Goiânia. No Piauí, foram presos na cidade de Marcolândia e no Pará, em Paraupebas.

 A operação Intramuros continua em andamento.

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