Compra de votos ocorreu de forma generalizada, afirmam deputados
Por Redação AF
Comentários (0)
14/10/2012 20h10 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify; "> <span style="font-size:14px;">Os efeitos das eleições municipais deste ano ainda repercutem no Plenário da Assembleia Legislativa. Na sessão desta quinta-feira, dia 11, os deputados confirmaram que a compra de votos ocorreu de forma generalizada. Também foram defendidas ações para minimizar a prática. Todos os que usaram a palavra disseram presenciar ou sentir o peso do poder do dinheiro na decisão do eleitor. O deputado Zé Roberto (PT) lembrou também que há abusos na contratação indiscriminada de pessoas para as campanhas eleitorais.<br /> <br /> Para o presidente da Assembleia, deputado Raimundo Moreira (PSDB), da forma como tem acontecido o pleito, o voto do eleitor tornou-se uma mercadoria. <em>“É uma desmoralização. Eu mesmo presenciei muitos jovens que esperavam votar no final da tarde na tentativa de conseguir um candidato que comprasse seus votos”</em>, alertou. O deputado Manoel Queiroz (PPS) lembrou que o eleitor também é responsável pela situação. <em>“É preciso conscientizar o cidadão, pois ele faz parte do processo e, por isso, é também responsável pelo que está acontecendo”</em>, afirmou.<br /> <br /> A questão das pesquisas e da liberdade de imprensa também foi debatida na sessão. O deputado José Bonifácio (PR) defendeu os meios de comunicação após críticas do deputado Zé Roberto, que acusou a imprensa de ser tendenciosa em relação ao PT. Já Solange Duailibe (PT) chamou a atenção para setores da imprensa que “agem de forma mercantilista”. <em>“Sei de veículos que fazem manipulação das pesquisas de acordo com quem paga, e presenciamos jornalistas que mudam de discurso por interesse”</em>, afirmou a parlamentar.<br /> <br /> Sobre alguns pontos os deputados entraram em consenso, como a condenação da compra de votos e o estabelecimento de algum tipo de regulamentação para contratação e publicação de pesquisas de opinião. <em>“Precisamos buscar apoio de nossas bancadas em Brasília a fim de promover um amplo estudo sobre essas práticas, que, no final das contas, prejudicam tanto a classe política como a sociedade em geral”</em>, concluiu. (Penaforte Dias)</span></div>