Mesmo tendo conhecimento de crime ambiental, autoridades ficaram inertes; até a incompetência e a conivência têm limites

Por Redação AF
19/10/2012 18h18 - Atualizado há 5 anos

<div style="text-align: justify; "> Arnaldo Filho AF Notícias Atualmente, grandes e pequenas empresas desenvolvem projetos voltados para a responsabilidade social, e agora, também ambiental. Não seria para menos, tendo em vista que nossas maiores riquezas, como as matas e rios, estão ameaçados pela ação de pessoas e empresas irresponsáveis, e pela omissão da fiscalização pública. Em Araguaína, o lema da responsabilidade ambiental não tem interferido nas ações, principalmente, daqueles que deveriam, de ofício, atuar em sua defesa e proteção. Recentemente a imprensa tem denunciado um caso de gravíssima agressão ao meio ambiente e que há anos passa ‘despercebido’ aos olhos das autoridades que, mesmo tendo conhecimento da situação, não tomam as devidas atitudes. Há mais de dois anos a Saneatins despeja esgoto, que se diz tratado, no Rio Lontra, logo abaixo da UHE - Corujão. Um líquido escuro, com mau-cheiro, que deixa nitidamente transparecer o nível de contaminação e seus rastros, que não se misturam à água do rio. Moradores já denunciaram o caso à NATURATINS, à própria Saneatins, que nunca se manifestou, à Polícia Ambiental que colheu amostras do líquido, mas não fez análise por falta de laboratório especializado, ao Ministério Público e à imprensa. Moradores do setor JK denunciaram o descaso também perante autoridades, ambientalistas e ONGs durante o Fórum das Águas que ocorreu recentemente em Araguaína, mas nada foi feito. Movidos pela indignação e conivência dessas autoridades, a população que mora às margens do Rio Lontra lamenta a situação do que já chamam de “Rio Tietê de Araguaína”. Absurdamente, muitas das concessões dos serviços públicos em nossa cidade são feitas por dezenas de anos e não há fiscalização por parte do poder público durante a execução dos contratos. É Assim que ocorre no transporte coletivo e no fornecimento de água e tratamento de esgoto. Conforme informações de moradores, a própria Saneatins se autofiscaliza, ou seja, ela mesma faz a análise do esgoto, digamos “tratado”, e emite os laudos. Nem Naturatins ou Secretaria Municipal de Meio Ambiente fazem o acompanhamento do tratamento do esgoto coletado. Além do mais, o consumidor é coagido a pagar uma tarifa de água onde 80% do valor corresponde à ‘taxa de coleta e tratamento de esgoto’. O povo não precisa de prefeito, órgãos ou autoridades que ficam como meros coadjuvantes perante abusos, agressões à saúde pública e ao meio ambiente. São esses maus gestores e servidores públicos que alimentam a tese de que a incompetência e a conivência no serviço público parece não ter seus limites. A população quer respostas, senhor prefeito, vereadores, Naturatins, Polícia Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente, ONGs, Ministério Público e Saneatins.</div>

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