PL pretende proibir cobranças abusivas das tarifas de celular pré-pago

Por Redação AF
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26/10/2012 12h47 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify; "> <span style="font-size:14px;">Para acabar com as tarifas absurdas cobradas dos clientes dos planos pr&eacute;-pagos de telefonia m&oacute;vel, o deputado federal C&eacute;sar Halum (PSD-TO) apresentou &agrave; C&acirc;mara o projeto de Lei 4524/2012. A proposta pro&iacute;be as operadoras de cobrarem valores diferenciados entre as duas modalidades de servi&ccedil;o &ndash; pr&eacute; e p&oacute;s-pagas.<br /> <br /> &ldquo;Das mais de 250 milh&otilde;es de linhas de telefonia m&oacute;vel em opera&ccedil;&atilde;o, 81,83% &ndash; o equivalente a 202 milh&otilde;es &ndash; s&atilde;o pr&eacute;-pagas. &Eacute; o plano da maioria da popula&ccedil;&atilde;o, aqui inclu&iacute;das as camadas de menor poder aquisitivo. Pagam antes pelo servi&ccedil;o e, mesmo assim, arcam com tarifas abusivas&rdquo;, critica Halum. Por um minuto de liga&ccedil;&atilde;o, aponta o deputado, o cliente pr&eacute;-pago desembolsa valor de mais de 400% acima do cobrado de quem tem linha p&oacute;s-paga.<br /> <br /> Segundo o deputado, a pr&aacute;tica das operadoras de cobrar bem mais caro do usu&aacute;rio do plano de recebimento antecipado em rela&ccedil;&atilde;o ao cliente que paga o servi&ccedil;o ap&oacute;s o uso contraria a l&oacute;gica de mercado. &ldquo;&Eacute; um racioc&iacute;nio que serve unicamente para saciar a fome de lucros, porque as linhas pr&eacute;-pagas s&atilde;o maioria&rdquo;, dispara.<br /> <br /> De acordo com Halum, a injustificada cobran&ccedil;a abusiva tem o agravante de a operadora n&atilde;o sofrer qualquer risco de inadimpl&ecirc;ncia. Afinal, completa, o cliente j&aacute; pagou para usar o celular. &Eacute; bem diferente do usu&aacute;rio do plano p&oacute;s-pago que recebe a conta para quitar depois de utilizar os servi&ccedil;os, como compara ele.<br /> <br /> Na justificativa do projeto, o parlamentar cita um dado divulgado pela Revista Exame que registra 1,3 celulares por habitante no Brasil. N&atilde;o por menos, o Pa&iacute;s tem 30 milh&otilde;es de telefones fixos em opera&ccedil;&atilde;o e 250 milh&otilde;es de linhas m&oacute;veis. O servi&ccedil;o m&oacute;vel tomou &ldquo;propor&ccedil;&otilde;es hom&eacute;ricas&rdquo; tornando indispens&aacute;vel corrigir a &ldquo;deturpa&ccedil;&atilde;o no mercado de telefonia&rdquo;, que tem impacto direto sobre os usu&aacute;rios menos privilegiados economicamente.<br /> <br /> Como argumenta o deputado, as classes C e D s&atilde;o maioria no segmento pr&eacute;-pago. &ldquo;Elas arcam com os mais altos pre&ccedil;os e tarifas da telefonia m&oacute;vel. Nada justifica que o valor cobrado no plano pr&eacute;-pago seja superior ao do p&oacute;s-pago&rdquo;, enfatiza Halum. esclarecendo que o projeto visa combater esse comportamento prejudicial &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, proibindo as diferen&ccedil;as entre os custos das duas modalidades no &acirc;mbito de uma mesma prestadora do servi&ccedil;o.<br /> <br /> <strong><u>Anatel</u></strong><br /> <br /> Para apresentar o conte&uacute;do do projeto de Lei 4524/2012, o deputados federais Junji Abe e C&eacute;sar Halum reuniram-se com o presidente da Anatel &ndash; Ag&ecirc;ncia Nacional de Telecomunica&ccedil;&otilde;es, Jo&atilde;o Batista Rezende. O encontro, realizado nesta quarta-feira (17/10/2012), serviu para focar o problema, classificado pelos parlamentares como &ldquo;pr&aacute;tica abusiva das operadoras de telefonia&rdquo;.<br /> <br /> A Anatel atua na regulamenta&ccedil;&atilde;o e fiscaliza&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os de telefonia m&oacute;vel que s&atilde;o privados e t&ecirc;m suas tarifas definidas pelas prestadoras. &ldquo;Mesmo assim, fizemos quest&atilde;o de colocar o assunto em discuss&atilde;o. Entendemos que o poder p&uacute;blico tem o dever de agir para eliminar distor&ccedil;&otilde;es de mercado que prejudicam a popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;, observaHalum, informando que Rezende se mostrou sens&iacute;vel &agrave; preocupa&ccedil;&atilde;o exposta pelos deputados.<br /> <br /> A audi&ecirc;ncia com o presidente da Anatel tamb&eacute;m contou com as presen&ccedil;as do gerente de Comunica&ccedil;&otilde;es M&oacute;veis, Bruno Ramos. Rezende tamb&eacute;m se prontificou a receber para outra reuni&atilde;o, na segunda quinzena de novembro, os outros integrantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Consumidores de Energia El&eacute;trica, Combust&iacute;veis e Telefonia.<br /> <br /> Presidida por Halum e tendo Junji como vice-presidente, a frente incorporou, nesta semana, o segmento de telefonia. &ldquo;&Eacute; um servi&ccedil;o essencial que, por conta de tarifas abusivas e falhas no atendimento, vem trazendo enormes dissabores &agrave; popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;, afirma Halum e completa: &ldquo;Da&iacute;, nossa iniciativa de agregar no colegiado a defesa dos usu&aacute;rios de telefones&rdquo;.<br /> <br /> Ainda durante o tr&acirc;mite do projeto de Lei, a Frente Parlamentar pretende realizar uma audi&ecirc;ncia p&uacute;blica com a participa&ccedil;&atilde;o da Anatel e das operadoras de telefonia m&oacute;vel, com o objetivo de discutir as bases de c&aacute;lculo das tarifas dos planos pr&eacute; e p&oacute;s-pagos. &ldquo;Queremos que a sociedade nos ajude a mostrar a incoer&ecirc;ncia e a cobrar uma mudan&ccedil;a de postura das prestadoras do servi&ccedil;o&rdquo;, conclui C&eacute;sar Halum.</span></div>
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