Carta dos empresários alfineta Judiciário, Governo e diz: "quando os gatos saem os ratos fazem a festa"

Por Redação AF
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24/07/2013 10h02 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Reda&ccedil;&atilde;o</strong></u><br /> <br /> Durante o protesto da classe empresarial de Aragua&iacute;na que reuniu mais de 600 pessoas na tarde de ontem (23) uma carta foi lida expondo as cobran&ccedil;as, as cr&iacute;ticas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; in&eacute;rcia dos Governos Estadual, Municipal e do Poder Judici&aacute;rio. A classe revelou tamb&eacute;m que o Tocantins teve um &ldquo;crescimento chin&ecirc;s&rdquo; na arrecada&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos anos.<br /> <br /> A carta foi direcionada&nbsp; ao governador Siqueira Campos, ao prefeito Ronaldo Dimas, Secret&aacute;rio de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica Jos&eacute; Eli&uacute; de Andrada e ao Comandante do 2&ordm; BPM Major J&uacute;lio Manoel da Silva Neto.<br /> <br /> Dentre outros pontos, o manifesto cita que o concurso da Pol&iacute;cia Militar foi ineficiente para recomposi&ccedil;&atilde;o dos n&uacute;meros da corpora&ccedil;&atilde;o confrontando com o excesso de concess&otilde;es de aposentadorias e promo&ccedil;&otilde;es &agrave; corpora&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos anos.<br /> <br /> Os empres&aacute;rios lembram que a sensa&ccedil;&atilde;o de impunidade aumentou com o crescimento populacional de Aragua&iacute;na, aumentando tamb&eacute;m o n&uacute;mero de ocorr&ecirc;ncia de roubos e assaltos. Al&eacute;m disso, a Casa de Pris&atilde;o est&aacute; em reformas h&aacute; mais de 1 ano, falta investimento em estrutura f&iacute;sica de seguran&ccedil;a; faltam muitos soldados e delegados; e o Judici&aacute;rio n&atilde;o parece sensibilizado com a situa&ccedil;&atilde;o ca&oacute;tica da seguran&ccedil;a p&uacute;blica de Aragua&iacute;na e regi&atilde;o.<br /> <br /> <span style="color:#0000cd;"><span style="font-size:16px;"><u><strong>CONFIRA A CARTA COMPLETA</strong></u></span></span><br /> &nbsp;<br /> Hoje o empres&aacute;rio veste preto!<br /> <br /> A pujan&ccedil;a de um munic&iacute;pio, o orgulho de um povo cumpridor de suas obriga&ccedil;&otilde;es para com o Estado est&aacute; sendo dilacerada. Pouco a pouco, a inefici&ecirc;ncia, in&eacute;rcia e incapacidade de gest&atilde;o do Estado ficam cada vez mais evidentes. A popula&ccedil;&atilde;o encontra-se ref&eacute;m de v&aacute;rias situa&ccedil;&otilde;es de inseguran&ccedil;a: roubos, assaltos, sequestros, assassinatos s&atilde;o fatos corriqueiros no estado do Tocantins em especial no dia-a-dia do Araguainense. Uma popula&ccedil;&atilde;o absolutamente desprotegida e que n&atilde;o consegue ver qualquer perspectiva de prote&ccedil;&atilde;o por parte da corpora&ccedil;&atilde;o existente, seja por falta de contingente, de recursos t&eacute;cnicos e tecnol&oacute;gicos.<br /> <br /> Contribuem para dar toda a consist&ecirc;ncia as nossas afirma&ccedil;&otilde;es os seguintes fatos:<br /> <br /> 1 &ndash; Concurso ineficiente para recomposi&ccedil;&atilde;o dos n&uacute;meros da corpora&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> O concurso atual aprovou 300 candidatos, sendo que aproximadamente 1000 oficiais da PM devem aposentar-se no pr&oacute;ximo ano. N&atilde;o ir&aacute; melhorar e nem suprir este d&eacute;ficit que a corpora&ccedil;&atilde;o sofrer&aacute;.&nbsp; A lei determina que o Tocantins deveria contar com 3.740 soldados, conta atualmente com cerca de 14. Desde 2007 existem a&ccedil;&otilde;es do MP que s&atilde;o cotestadas pelo estado, solucionando melhora das condi&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a para Aragua&iacute;na e regi&atilde;o, nada foi resolvido, a cidade cresceu e o quadro de viol&ecirc;ncia urbana apenas piorou. Em 2007 foram solicitados para Aragua&iacute;na e regi&atilde;o mais 24 delegados, 70 agentes, 50 escriv&atilde;es, 35 agentes penitenci&aacute;rios, estrutura&ccedil;&atilde;o f&iacute;sica e concurso para soldados da PM. O estado recorre das a&ccedil;&otilde;es e praticamente n&atilde;o investiu em seguran&ccedil;a p&uacute;blica para Aragua&iacute;na e regi&atilde;o nos &uacute;ltimos anos. A situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi solucionada e agravou-se.<br /> <br /> 2 - Excesso de concess&otilde;es de aposentadorias e promo&ccedil;&otilde;es &agrave; corpora&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos anos.<br /> <br /> 3 &ndash; Crescimento populacional de Aragua&iacute;na e sensa&ccedil;&atilde;o de impunidade.<br /> <br /> 4 &ndash; Aumento do n&uacute;mero de ocorr&ecirc;ncia de roubos e assaltos.<br /> <br /> 5- Casa de pris&atilde;o em reformas h&aacute; mais de 1 ano.<br /> <br /> 6- Maior investimento em estrutura f&iacute;sica de seguran&ccedil;a<br /> <br /> 7- Faltam muitos soldados e delegados, mas o Estado cede delegados para outros estados e para a Guarda Nacional<br /> <br /> 8- Judici&aacute;rio n&atilde;o parece sensibilizado com a situa&ccedil;&atilde;o ca&oacute;tica da seguran&ccedil;a p&uacute;blica de Aragua&iacute;na e regi&atilde;o<br /> <br /> O mais desafiador &eacute; que o Estado do Tocantins, nos &uacute;ltimos dois anos teve um crescimento chin&ecirc;s em sua arrecada&ccedil;&atilde;o. Se verificarmos o crescimento l&iacute;quido (j&aacute; descontado a infla&ccedil;&atilde;o) em 2011, comparado com 2010 foi de: 15,0% (quinze por cento) aqui considerado os dois principais impostos que comp&otilde;em a receita pr&oacute;pria do Estado, no caso o ICMS e IPVA. Em 2011 o crescimento do PIB foi de 2,70%, portanto um crescimento chin&ecirc;s para zero de investimento em pessoal destinado a seguran&ccedil;a. Em 2012 n&atilde;o foi diferente um crescimento na Receita Tribut&aacute;ria total, j&aacute; descontada a infla&ccedil;&atilde;o de 7%, para um crescimento do PIB de apenas 0,90% e igual investimento em pessoal destinado a seguran&ccedil;a. Em volume de recursos arrecadados, nos dois &uacute;ltimos anos, o Estado do Tocantins arrecadou mais 400.000.000,00 (quatrocentos milh&otilde;es de reais) em rela&ccedil;&atilde;o a 2010. (fonte: portal www. transpar&ecirc;ncia.to.gov.br)<br /> <br /> Qual o desafio maior do empres&aacute;rio neste cen&aacute;rio? Investir em atividade produtiva para gerar novas riquezas, empregos ou investir em seguran&ccedil;a? Como atrair investimento num cen&aacute;rio de absoluta falta de seguran&ccedil;a? O que dizer a quem &eacute; o guardi&atilde;o da seguran&ccedil;a e que n&atilde;o traz realiza a fun&ccedil;&atilde;o para qual foi criado?<br /> <br /> Este conjunto de perguntas nos faz refletir sobre qual caminho tomar diante destas realidades. Sabemos que n&atilde;o aguentamos mais e por isso, neste movimento apartid&aacute;rio, fechamos nossas lojas por um dia e fomos para as ruas.<br /> <br /> O Tocantins paga o imposto mais alto do pa&iacute;s. &Eacute; uma pesada carga tribut&aacute;ria que assola nossos empres&aacute;rios, sejam comerciantes, industriais ou prestadores de servi&ccedil;os, gera desemprego, causa sofrimento para nossas fam&iacute;lias e prejudica o crescimento de nossa economia.<br /> <br /> Somos massacrados por impostos e n&atilde;o usufru&iacute;mos de servi&ccedil;os p&uacute;blicos b&aacute;sicos de qualidade. Vivemos uma grande crise de seguran&ccedil;a p&uacute;blica em Aragua&iacute;na, trabalhamos com medo da criminalidade, gastamos muito com seguran&ccedil;a, colocamos a vida em risco circulando nas ruas e dormimos com medo da viol&ecirc;ncia urbana que n&atilde;o &eacute; combatida com efici&ecirc;ncia pelo estado.<br /> <br /> J&aacute; passou da hora da classe empresarial unir-se e cobrar do poder p&uacute;blico solu&ccedil;&otilde;es que beneficiem a nossa comunidade, o que faz de forma mais evidente e contundente com esse movimento.<br /> <br /> Estamos no topo de um ranking de viol&ecirc;ncia do Estado do Tocantins, nada poderia ser mais vergonhoso e principalmente assustador.&nbsp; O empresariado que mantem suas portas abertas ao longo do dia, fica a merc&ecirc; dessa viol&ecirc;ncia exacerbada e torna-se ref&eacute;m de bandidos, temendo dia e noite por sua vida e de seus colaboradores que n&atilde;o est&atilde;o seguros no seu ambiente de trabalho, nas ruas ou no interior de seus lares.<br /> <br /> O fato &eacute; que nem grades, cercas el&eacute;tricas ou toques de recolher ser&atilde;o suficientes para deter a viol&ecirc;ncia quando falta o essencial, POLICIAIS.&nbsp; O proverbio &eacute; antigo, mas sempre aplic&aacute;vel:<br /> <br /> &ldquo;Quando os gatos saem os ratos fazem a festa&rdquo;.&nbsp; Se n&oacute;s temos consci&ecirc;ncia da falta de policiamento imagina quem tem real interesse em cometer crimes.&nbsp; Pode-se concluir facilmente que mesmo trabalhando com afinco n&atilde;o existem meios para que um n&uacute;mero de policiais t&atilde;o pequeno consiga abranger e proteger&nbsp; toda a popula&ccedil;&atilde;o de uma cidade de propor&ccedil;&otilde;es como a nossa, estamos vivendo uma situa&ccedil;&atilde;o prec&aacute;ria e a necessidade de melhora &eacute; urgente.<br /> <br /> Quantos mais sofrer&atilde;o at&eacute; que algo seja feito?<br /> <br /> <span style="color:#0000cd;"><u><strong>QUANTO AOS IMPOSTOS</strong></u></span><br /> <br /> O Estado Novo, como ainda chamam o nosso Tocantins, j&aacute; nasceu com uma carga pesada de impostos pesada para carregar o que n&atilde;o tem se tornado mais leve com o passar dos anos, hoje estamos entre os dez Estados de carga tributaria mais alta no Pa&iacute;s.&nbsp; T&atilde;o jovem e t&atilde;o cheio de responsabilidades!<br /> <br /> Ser empres&aacute;rio no Tocantins &eacute; uma batalha di&aacute;ria, onde temos nosso lucro usurpado por impostos cada vez mais exorbitantes. Ignorando o fato que somos um Estado que est&aacute; em crescimento e expans&atilde;o e estamos em desvantagem com rela&ccedil;&atilde;o a tempo e estrutura com os demais estados, qual seria a possibilidade de alcan&ccedil;a-los e conseguir competir de igual pra igual no acirrado mercado quando o Estado nos derruba j&aacute; nos primeiros passos? Estamos seguindo na contram&atilde;o e ficando cada vez mais distantes do desenvolvimento.<br /> <br /> Os governantes devem ser cientes que o empresariado, englobando com&eacute;rcio, ind&uacute;stria e servi&ccedil;o, &eacute; o sangue que corre nas veias do Estado do Tocantins, somos n&oacute;s que alimentamos o Estado com impostos, somos n&oacute;s que empregamos e assalariamos os habitantes que aqui vivem.<br /> <br /> Quanto mais oprimidos somos pelo Estado por impostos exorbitantes que inviabilizam nosso lucro, mais desestimulados ficamos de seguir em frente.<br /> <br /> Por isso hoje vestiremos preto e o preto do luto estar&aacute; em nossas portas, para representar o nosso sentimento pela morte da paz devido a viol&ecirc;ncia que nos assola e a morte do com&eacute;rcio pelos impostos que nos sufocam.<br /> <br /> <span style="color:#0000cd;"><span style="font-size:16px;"><u><strong>Reivindica&ccedil;&otilde;es:</strong></u></span></span><br /> <br /> &bull; Que as pol&iacute;ticas p&uacute;blicas tribut&aacute;rias sejam focadas no desenvolvimento do estado e sejam menos opressoras com empres&aacute;rios e com a popula&ccedil;&atilde;o. Todos os impostos precisam ser revistos para que o Tocantins deixe de ocupar a primeira coloca&ccedil;&atilde;o em altos tributos do Brasil. A economia do estado precisa ser competitiva e os impostos contribuem para isso. Precisamos que nossos tributos sejam pelo menos iguais ou menores do que os tributos de nossos estados vizinhos.<br /> <br /> &bull; Ampliar o n&uacute;mero de vagas para soldados do concurso em andamento para a pol&iacute;cia militar para cumprir o que determina a lei;<br /> <br /> &bull; Cumprir as solicita&ccedil;&otilde;es de 2007 do Minist&eacute;rio P&uacute;blico referentes &agrave; Seguran&ccedil;a P&uacute;blica;<br /> <br /> &bull; Diligenciar junto &agrave; Pol&iacute;cia Rodovi&aacute;ria Federal a reativa&ccedil;&atilde;o do Posto de fiscaliza&ccedil;&atilde;o BR 153 povoado Barros, aumentando o poder de fiscaliza&ccedil;&atilde;o das fronteiras do munic&iacute;pio;<br /> <br /> &bull; Convoca&ccedil;&atilde;o e contrata&ccedil;&atilde;o dos policiais j&aacute; aposentados em car&aacute;ter de urg&ecirc;ncia, considerando a experi&ecirc;ncia j&aacute; adquirida pelos mesmos.<br /> <br /> &bull; Coloca&ccedil;&atilde;o de c&acirc;meras nas sa&iacute;das do Munic&iacute;pio;<br /> <br /> &bull; Cria&ccedil;&atilde;o, por parte do Poder P&uacute;blico Municipal da Guarda Municipal, a fim de auxiliar e ampliar a cobertura de seguran&ccedil;a ostensiva na cidade;<br /> <br /> &bull; Instala&ccedil;&atilde;o do projeto de 100 c&acirc;meras de seguran&ccedil;a para monitoramento dos pontos chaves da cidade pelo Poder P&uacute;blico Municipal;<br /> <br /> &bull; Presen&ccedil;a preventiva da policia na &aacute;rea comercial.<br /> <br /> &bull; Maior investimento em estrutura f&iacute;sica para a seguran&ccedil;a p&uacute;blica de Aragua&iacute;na e regi&atilde;o.<br /> <br /> <em>Ant&ocirc;nio Rubens Aires de Alencar<br /> AMPEC &ndash; Associa&ccedil;&atilde;o das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais de Aragua&iacute;na<br /> <br /> Antonia Lopes Gon&ccedil;alves<br /> ACIARA &ndash; Associa&ccedil;&atilde;o Comercial e Industrial de Aragua&iacute;na</em></span></div>
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