Maior instituição brasileira

Por Redação AF
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16/09/2013 13h16 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Pedro Cardoso</u><br /> <em>&nbsp; &nbsp; Opini&atilde;o</em><br /> <br /> Talvez tenha pensado que seja uma empresa ou uma ONG, mas se trata da corrup&ccedil;&atilde;o. Est&aacute; presente em todos os &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos, na imprensa todo dia, e em casos cada vez maiores e crescentes.<br /> <br /> Apesar de sua amplitude, em algumas profiss&otilde;es ela est&aacute; mais presente devido &agrave; atividade, como fiscais, agentes de tr&acirc;nsito, bem como em algumas entidades, incluindo minist&eacute;rios. No primeiro ano do atual governo, sete ministros foram demitidos e nem isso inibiu a sanha das quadrilhas. O minist&eacute;rio campe&atilde;o &eacute; o da Previd&ecirc;ncia Social, h&aacute; muito se tornou hors concours. Jorgina de Freitas, uma advogada do Rio de Janeiro, tornou-se seu s&iacute;mbolo maior.<br /> <br /> Essa corrup&ccedil;&atilde;o aparece no &oacute;rg&atilde;o respons&aacute;vel pela compra de fraldas, passa por prefeituras, c&acirc;maras municipais, assembleias legislativas, chega aos minist&eacute;rios, inclusive a Casa Civil, antessala da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. N&atilde;o h&aacute; meios de saber em qual dos poderes ela sobressai. &Eacute; monumental no Legislativo, no Judici&aacute;rio e no Executivo. Em todos t&ecirc;m a mesma operacionalidade, grassa livremente at&eacute; que a imprensa denuncie, sempre em patamares dos milh&otilde;es, bilh&otilde;es, causando espanto nos mesmos gestores que se omitiram por anos ou d&eacute;cadas a fio, e traz a queda de domin&oacute; como resultado imediato.<br /> <br /> Agora em setembro de 2013, como caf&eacute; requentado, surgem den&uacute;ncias sobre alguns minist&eacute;rios, em especial nos Minist&eacute;rios do Trabalho e da Previd&ecirc;ncia Social, dos quais ca&iacute;ram os ministros h&aacute; dois anos.<br /> <br /> De imediato - sempre assim - se descobre que as empresas envolvidas est&atilde;o irregulares e nem sequer poderiam contratar com o poder p&uacute;blico. Poderia se questionar como, com tanta tecnologia, n&atilde;o se tira uma certid&atilde;o instant&acirc;nea que comprove a normalidade da empresa. Simples, a corrup&ccedil;&atilde;o &eacute;, no m&iacute;nimo, ignorada, e na maioria dos casos aceita, permitida e desejada por todos os envolvidos. Se n&atilde;o fosse assim, ao menos alguns empecilhos surgiriam no seu percurso de procedimentos e alguns casos seriam impedidos.<br /> <br /> Como n&atilde;o existe nenhuma iniciativa efetiva de combate, desta vez a banaliza&ccedil;&atilde;o foi no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de &ndash; SUS. Conseguiram pagar opera&ccedil;&atilde;o de pr&oacute;stata de uma mulher e parto de um homem. Ainda que se tenha evolu&iacute;do para a transforma&ccedil;&atilde;o de sexo, mas essa altera&ccedil;&atilde;o fica no campo da anatomia. A Ci&ecirc;ncia ainda n&atilde;o conseguiu mudar a gen&eacute;tica a esse ponto.<br /> <br /> Qualquer programa prim&aacute;rio, at&eacute; f&uacute;til, conseguiria impedir automaticamente o registro de um parto masculino ou o pagamento de uma cirurgia prost&aacute;tica feminina. No governo federal isso &eacute; imposs&iacute;vel. Ainda foi coroado com justificativas eloquentes e por promessas de programas avan&ccedil;ad&iacute;ssimos, com tecnologia de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o, capazes de detectar situa&ccedil;&otilde;es supercomplexas, como o parto de um homem e a pr&oacute;stata de uma mulher.<br /> <br /> Enquanto n&atilde;o se estancar essa sangria, n&atilde;o adianta colocar mais dinheiro na Sa&uacute;de, defendida por muita gente interessada em aumentar a natalidade masculina. Nem deu para falar da corrup&ccedil;&atilde;o das pol&iacute;ticas p&uacute;blicas oficiais, como a contrata&ccedil;&atilde;o de empresas especializadas em servir cafezinhos. Com essa ind&uacute;stria fomentada da corrup&ccedil;&atilde;o, ningu&eacute;m tem o direito de se espantar com os R$ 4 bilh&otilde;es anuais indo pelo ralo, apenas no Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia Social, consumidos pela maior institui&ccedil;&atilde;o brasileira de todos os tempos: a corrup&ccedil;&atilde;o generalizada.<br /> __________________________________________<br /> Pedro Cardoso da Costa &ndash; Interlagos/SP<br /> &nbsp;&nbsp;&nbsp; Bacharel em direito</span></div>
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