<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> Preservar a história da nossa região através de um Museu. Esta é a proposta do professor de História do CEM Castelo Branco e presidente do Instituto de História e Ciência de Araguaína, Regis Carvalho, que está ganhando força nas redes sociais.<br /> <br /> Conforme o historiador, a existência de museus revela o interesse de uma sociedade em criar territórios onde permaneçam aspectos relativos à sua cultura, identidade e memória. <em>“Museus, independente de suas características, são locais de disseminação de conhecimento, descoberta de novos saberes e de reflexão. Acima de tudo, são centros de memória e de perpetuação do conhecimento”</em>, afirma.<br /> <br /> O professor ressalta também o trabalho de conscientização da população sobre o projeto pelo fato de que muitos desconhecem sua importância, apesar de serem centros difusores de conhecimentos relevantes sobre o mundo. <em>“A palavra ‘museu’ é logo associada a coleções de objetos antigos, porém, a função dessas instituições vai além de simplesmente expor itens que despertem a curiosidade do público”</em>, explica, acrescentando que eles desempenham a função de centros agregadores do patrimônio cultural e social de um povo, possibilitando o contato do visitante a um universo de conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo de sua história.<br /> <br /> O professor afirmou que ainda já discutiu a ideia com o Secretário de Cultura de Araguaína, Wilamas Ferreira. Conforme Régis Carvalho, o secretário demonstrou interesse em formar uma comissão para estudar a proposta, mas tudo depende da aprovação do gestor municipal. <em>“Não queremos trazer imposições. Essa é uma manifestação de apoio ao prefeito Ronaldo Dimas para a criação do museu na cidade. Nosso povo é carente de espaços de cultura e difusão do conhecimento”</em>, esclarece Régis.<br /> <br /> <u><strong>História a ser preservada</strong></u><br /> <br /> Conforme o professor, muitas pessoas têm questionado sobre o material histórico que será exposto no futuro Museu de Araguaína. Segundo ele, além de contar a história do município, juntamente com a história do Brasil com foco na BR-153 (Belém-Brasília), trará abordagens sobre as comunidades Quilombolas, Ribeirinhas, Indígenas, Quebradeira de Cocos, Guerrilha do Araguaia, dentre outras. O professor lembra também do sítio arqueológico que foi encontrado em 2010 entre os municípios de Darcinópolis (TO) e Estreito (MA), identificado como Abrigo Santa Helena, que possivelmente é a primeira área de sepultamentos históricos. No local foram encontrados quatro recipientes intactos, que podem ser urnas funerárias. Cita ainda o Memorial de Árvores Fossilizadas com datação de até 200 milhões de anos, situado no Distrito de Bielândia. <em>“Todo esse material é levado para outros Estados, até mesmo para fora do Brasil, devido à ausência de locais para preservá-los. Em muitos casos, esse patrimônio está sendo contrabandeado. Um museu irá preservar não só a história de Araguaína, mas de toda a região que interfere positivamente no destaque nacional de nossa cidade”</em>, argumenta.<br /> <br /> O professor cita ainda exemplo da história da Belém-Brasília, que impulsionou o desenvolvimento de Araguaína, e mostra uma foto do trator que o presidente Juscelino Kubistchek, na época, dirigiu durante a inauguração da rodovia. <em>“Essa máquina está largada no meio do tempo, pegando sol e chuva. Precisamos preservar também essa história”,</em> afirma.<br /> <br /> Régis explica ainda que há vestígios de que tenha vivido em nossa região a preguiça gigante, há 60 milhões de anos, assim como o tatu gigante que pesava em média 60 kg e muitos outros animais pré-históricos do cerrado. <em>“Há muito que ser preservado. Queremos garantir que as gerações futuras também conheçam essas preciosidades”</em>, conclui.<br /> <br /> Material de divulgação do projeto</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">#GaleriaAlbum:196d79f57f973176d73275113c3bc85a#</span></div>