<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Arnaldo Filho</strong></u><br /> <em>AF Notícias</em><br /> <br /> A votação do requerimento para que o Poder Executivo apresente extrato detalhado do contrato firmando com a Pró-Saúde, em 2009, gerou muitas críticas à entidade e questionamentos quanto a sua permanência no município de Araguaína. A solicitação foi feita pelo vereador Divino Bethânia (PSD) e votada na sessão desta quarta-feira (05).<br /> <br /> Segundo o parlamentar, o requerimento é destinado ao prefeito Ronaldo Dimas. Segundo ele, não o fez diretamente à Pró-Saúde para evitar morosidade no repasse das informações.<br /> <br /> <strong><u>Críticas</u></strong><br /> <br /> Os parlamentares não pouparam críticas à Associação Beneficente e colocaram em xeque sua manutenção no município. Nem mesmo a gestão do ex-prefeito Valuar Barros escapou das cutucadas. <em>“A terceirização não atende as expectativas da sociedade, tampouco a qualidade dos serviços e a justificativa dos gastos. A forma como foi implantada lesou gravemente os cofres públicos, deixando a sociedade fragilizada”</em>, declarou Bethânia. O vereador afirmou ainda que “a gestão passada deixou deficiente a atenção básica à saúde”.<br /> <br /> <u><strong>O momento das críticas</strong></u><br /> <br /> Apesar de a terceirização da saúde araguainense ter ocorrido ainda em 2009, no primeiro ano de gestão do ex-prefeito Valuar, Divino Bethânia justificou que o controle ocorre sempre após a finalização do contrato, ou da gestão, como acontece no Tribunal de Contas Estadual, por exemplo.<br /> <br /> Ainda de acordo com o parlamentar, o contrato com a Pró-Saúde terminou em 31 de dezembro de 2012, sem nenhuma perspectiva de renovação, mas a Associação permanece prestando serviços ao município. <em>“Não conheço nenhum processo licitatório para continuidade dos serviços. Não houve nenhum 'ad referendum' sobre a continuação do contrato”</em>, questionou.<br /> <br /> <u><strong>Os gastos mensais da Pró-Saúde</strong></u><br /> <br /> <em>“A Pró-Saúde consegue a façanha de gastar redondamente o valor repassado pela prefeitura todos os meses. O mesmo valor todo mês! Como uma empresa consegue gastar redondamente o mesmo valor todos os meses em gasolina, cirurgias, limpeza, etc?. É um milagre. Araguaína presenciou um milagre! Gastam-se o mesmo valor independente do número de atendimentos”</em>, ironizou Bethânia Jr.<br /> <br /> Segundo o vereador, a prestação de contas da entidade é esdrúxula, medíocre, chamando-os de idiotas, passivos. <em>“Vamos ser lesionados pela Pró-saúde que já foi expulsa do Estado do Tocantins por ter gerado dores ao povo tocantinense?”</em>, questionou.<br /> <br /> <em>“Gastam com hospedagem, aluguel de veículos; onde e pra quê? Contratam médicos, quantos atendimentos fez e como fez? Para sabermos detalhes temos que solicitar essa movimentação financeira. Não estou dizendo que a prefeitura está errada. Quero nomes de empresas prestadoras de serviços, quanto médicos, quanto recebeu cada um. Alugou carro em São Paulo. Qual serviço foi feito lá para alugar carro em São Paulo. Exijo celeridade nas respostas”</em>, questionou.<br /> <br /> O parlamentar finalizou fazendo críticas à gestão do ex-prefeito Valuar Barros ao afirmar que “a Pró-Saúde mandou três anos em Araguaína da forma que quis”.<br /> <br /> <u><strong>Valores do contrato</strong></u><br /> <br /> A prefeitura de Araguaína contratou a Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar - Pró Saúde em 2009 para gerir o Ambulatório de Especialidades, Hospital Municipal e UPA Araguaína Sul. Nos três primeiros anos de contrato foram concedidos quatro aditivos totalizando o valor de 76 milhões de reais.</span><br /> <br /> <u><strong><span style="font-size: 14px;">Líder do governo</span></strong></u><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O líder do prefeito na Casa, Terciliano Gomes (PV), parabenizou a atitude e garantiu que será um aliado se colando, inclusive, à disposição para analisar os extratos e verificar se há necessidade da Pró-Saúde permanecer no município. <em>“Será que tem necessidade de continuar prestando serviços em Araguaína. E se por ventura não estiver mais prestando os serviços, será que ela tem caixa para arcar com as responsabilidades com seus servidores? Aqui não é algo pessoal, é a responsabilidade com o erário público”</em>, justificou.<br /> <br /> Ainda de acordo com Terciliano Gomes, o prefeito Ronaldo Dimas tem preocupado com essa situação e já está analisando a viabilidade de permanência da Pró-Saúde em Araguaína.<br /> <br /> O requerimento foi aprovado por unanimidade.</span></div>